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Hipertensão: doença silenciosa que exige controle permanente

Quando não controlada, doença pode causar infarto, AVC, problemas renais e vasculares

 Publicado em  24/04/2025 às 11h35  Indaiatuba  Saúde


Foto: Freepik

Um desafio comum dos médicos que tratam hipertensos é fazer com que esses pacientes não suspendam a medicação por conta própria, em especial aqueles que não apresentam sintomas. Esse é o alerta do cardiologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), George Fernandes Maia, por ocasião do Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial (26 de abril).

"A hipertensão arterial sistêmica é uma condição multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial. A linha que a define considera valores de pressão sistólica igual ou maior a 140 mmhg e/ou pressão diastólica igual ou maior a 90 mmhg, o chamado 14 por 9. A doença pode ser causada por fatores hereditários, obesidade, sedentarismo, tabagismo, bebidas alcoólicas em excesso e alimentos com alta concentração de sódio (sal)", explica o médico.

Inquérito populacional no Brasil aponta prevalência de hipertensão arterial em torno de 30%, dos quais 35,8% são homens e 30% mulheres, seguindo a prevalência mundial. Desse total de hipertensos, mais de 60% estão na faixa etária acima de 60 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Trata-se de doença silenciosa que em muitos casos não apresenta sintomas. Os principais sinais durante uma crise são dor na nuca e no peito, falta de ar, tontura, enjoo e cansaço ao realizar esforço físico. "Os exames periódicos exigidos das empresas são uma boa oportunidade para detectar este e outros problemas de saúde e iniciar o tratamento e controle", afirma o especialista.

Maia destaca que questões emocionais também podem interferir, fazendo com que a pressão sistólica aumente. "Se não tratada, a pressão alta pode levar a derrames cerebrais, doenças do coração, como infarto, insuficiência cardíaca e angina, além de insuficiência renal ou paralisação dos rins, e alterações na visão, que podem levar à cegueira. Associada a outras comorbidades, como diabetes e dislipidemias, ao tabagismo e ao uso frequente de álcool, os riscos podem aumentar drasticamente".

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico requer avaliação clínica, com a aferição da pressão em pelo menos três ocasiões, acompanhada de exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico, raio-X de tórax, mapa da pressão 24 horas e Holter. Este último visa detectar, registrar, quantificar e calcular a variação do ritmo cardíaco, identificando possíveis distúrbios durante as atividades diárias do paciente.

Confirmado o diagnóstico, é primordial uma mudança de hábitos alimentares e comportamentais. O tratamento varia de acordo com cada pessoa. "Na maioria das vezes é necessária a prescrição de medicamento de uso contínuo, mas há situações em que a adoção de hábitos saudáveis é suficiente para o controle da doença. As visitas ao médico costumam ser semestrais e, mesmo não tendo sintomas, é preciso seguir as orientações, não se automedicar e muito menos suspender a medicação por conta própria", explica o cardiologista.

Um grande aliado para que o paciente mantenha regularmente o tratamento é que toda a medicação está disponível gratuitamente, seja nas Unidades Básicas de Saúde ou nas lojas da Farmácia Popular. Basta apresentar a receita médica, que tem validade de seis meses.

 

Vejas as orientações para diminuir os riscos da hipertensão:

• Evitar o consumo de carboidratos, gordura e sódio em excesso, e manter hábitos saudáveis de alimentação

• Ingerir dois litros de água por dia;

• Não fumar;

• Evitar o consumo de álcool em excesso;

• Praticar atividades físicas, começando por 30 minutos, 3 vezes por semana;

• Monitorar e tratar outras doenças que possam causar a hipertensão, como diabetes, doenças renais, vasculares e da tireoide, se existirem. ​

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