Publicado em 13/05/2022 às 11h33 Indaiatuba Saúde
DENISE KATAHIRA
O Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) registrou nesta quarta-feira (11) a primeira captação de órgãos de 2022. A paciente, uma mulher de 64 anos, teve morte encefálica atestada pelos médicos, após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico. A doação foi autorizada pela família.
A captação foi feita pela equipe do Hospital das Clínicas da Unicamp e do Banco de Olhos do Hospital Oftalmológico de Sorocaba e os órgãos captados e destinados para pacientes que aguardam na fila de transplantes foram fígado, rins e córneas.
O Haoc conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, responsável por detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos e viabilizar o diagnóstico de morte encefálica. Além disso, oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade de doação de córneas e outros tecidos, entre outras prerrogativas.
Procedimento
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra, e todos os cuidados de reconstituição do corpo são obrigatórios pela Lei n° 9.434/1997.
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado, parte dos pulmões e da medula óssea pode ser feita em vida.
Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
Fila da espera
De acordo com o Sistema Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde, em Indaiatuba a fila de espera onde há o maior número de pacientes é do rim, sendo 52 pessoas. Seguida do fígado com 5 pacientes, córneas com 4 pessoas, coração com 3 à espera e 1 aguardando o órgão pâncreas.
Brasil é o 2º maior transplantador de órgãos do mundo
O Ministério da Saúde informa que o Brasil é referência mundial em doação e transplantes de órgãos. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O procedimento é garantido de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por financiar e fazer mais de 88% de todos os transplantes de órgãos do país.
Segundo dados da pasta, de janeiro a novembro de 2021 foram realizados mais de 12 mil transplantes de órgãos pelo SUS. Em 2020, foram cerca de 13 mil procedimentos do tipo. A rede pública fornece aos pacientes toda a assistência necessária, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
Em todo o mundo, o número de transplantes sofreu queda devido à pandemia da Covid-19, em 2020 e 2021. Enquanto alguns países paralisaram totalmente os programas de transplantes, o Brasil manteve cerca de 60% dos procedimentos. Não houve interrupção dos processos e as atividades de doação de órgãos foram mantidas, observando as normas de segurança para as equipes envolvidas, para os candidatos a transplantes e para os pacientes transplantados.
Embora exista aumento na lista de espera para o transplante de órgãos e córnea, que passou de 32.909 em 2020 para 34.830 ano passado, após a definição dos critérios técnicos para o enfrentamento da pandemia, os números estão voltando aos patamares dos períodos anteriores, segundo o Ministério da Saúde. (DK).
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