Guardas são presos em Mega Operação

A Polícia Civil realizou na manhã de ontem (25) uma Mega Operação em que resultou na prisão de três guardas civis que são acusados de tráfico de drogas e corrupção. São eles: L.M.B.S, J.B, A.C.R e R.J. Dos quatro mandatos de prisão, um guarda segue foragido, dois se apresentaram e um foi preso pelos policiais. Os mesmos são suspeitos de tortura e abuso de autoridade. Policiais civis de Campinas dão apoio nesta operação.
Dois dos quatro guardas já estavam afastados das funções a pedido do Ministério Público.
De acordo com as investigações, os investigados agrediram fisicamente suspeitos de crimes antes de apresentá-los às autoridades na delegacia. Os guardas foram monitorados por 60 dias por meio de ligações telefônicas autorizadas pela Justiça. Nas ligações, os policiais detectaram que os guardas voltavam a procurar os supostos criminosos e testemunhas para constrangê-los e convencê-los a mudar os depoimentos em inquéritos policiais e judiciais.
De acordo o delegado, Doutor Luiz Fernando Dias de Oliveira, não há como precisar quantas prisões foram expedidas com base em depoimentos falsos nas ocorrências atendidas pelos investigados. “Eles (guardas civis) usavam o do constrangimento psicológico e físico. O objetivo deles era ter a confissão de algum crime que não era cometido ou até a confissão de um crime no qual o suspeito negava participação, com intuito de leva-lo a prisão”, relata. 

Apreensões
Durante a operação os investigadores encontraram na casa de um dos suspeitos dois simulacros de arma, um celular, R$ 23 mil em dinheiro, além de uma pistola 380. 
Ainda durante as buscas, foi localizado no armário de R.J., na sede da Guarda Municipal, uma grande quantidade de entorpecentes. Esse suspeito também será investigado por tráfico de drogas.
O advogado de defesa de um dos envolvidos, Doutor Caio Devecchi disse que em tese a prisão só pode ser proferida quando o acusado descumpre alguma ordem como por exemplo, oferecer perigo a ordem pública, acuar alguma testemunha, atrapalhar as investigações, entre outras. “Eu orientei o meu cliente a se apresentar à Delegacia e colaborar com a Justiça. Ainda não tive acesso ao processo para entender o porquê do mandado de prisão”, conta. “Eu não sei precisar ainda o verdadeiro motivo que pesa contra ele. A partir do processo posso montar um habeas corpus, colocando-o em liberdade em mais rápido possível”, ressalta.

Prefeitura
A Secretaria de Segurança Pública de Indaiatuba se manifestou sobre o caso por meio de nota à imprensa. 
A nota afirma que “a Secretaria de Segurança Pública de Indaiatuba foi notificada sobre a operação realizada pela Policia Civil na manhã desta quinta-feira (25), que levou à prisão de quatro Guardas Civis, sendo que dois deles já estavam afastados a pedido do Ministério Público. Um procedimento administrativo foi aberto para acompanhar, analisar o caso e determinar as medidas cabíveis”.
A Administração Municipal também diz em nota que “a Secretaria se coloca à disposição para contribuir com as investigações e reforça seu compromisso com a ética, transparência e respeito, buscando uma atuação focada na garantia do bem-estar do cidadão indaiatubano”, diz o texto.