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Fiesp eleva projeção de crescimento do PIB para 2,7%, impulsionada por surpresas positivas

O desempenho foi puxado pelo mercado de trabalho, que continua a influenciar a economia

 Publicado em  04/09/2024 às 14h53  Salto  Economia


Para o segundo semestre de 2024, a Fiesp espera uma acomodação na atividade econômica

Para o segundo semestre de 2024, a Fiesp espera uma acomodação na atividade econômica
Foto: Freepik

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) revisou para cima a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024, elevando a estimativa de 2,2% para 2,7%. Esse ajuste foi motivado pelas surpresas positivas observadas na atividade econômica durante o primeiro semestre, refletidas principalmente no crescimento de 1,4% do PIB no segundo trimestre do ano, acima da expectativa inicial da Fiesp (+1,0%) e da mediana das previsões do mercado (+0,9%).
Esse desempenho foi puxado pelo forte dinamismo do mercado de trabalho, que continua a influenciar positivamente o cenário econômico. A Fiesp destacou que o aumento real dos salários, com crescimento de 5,8% no rendimento médio do trabalho em junho de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, tem sido um dos principais fatores desse crescimento.
Além disso, a renda das famílias tem sido impulsionada por diversos fatores, como as transferências governamentais via benefícios de assistência e previdência social, a elevação real do salário-mínimo e o pagamento de precatórios. Outro fator importante foi a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios previdenciários do INSS, que potencializou a renda no segundo trimestre. Estima-se que a massa salarial ampliada tenha crescido cerca de 11% em termos reais no período, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Na análise setorial, o PIB do segundo trimestre apresentou destaques positivos tanto do lado da oferta quanto da demanda. No lado da oferta, o setor de serviços cresceu 1,0%, e a indústria geral avançou 1,8%, com destaque para a indústria de transformação, que teve um crescimento significativo de 1,8% no trimestre, intensificando a alta observada no trimestre anterior (+0,9%). Por
outro lado, o setor agropecuário recuou 2,3% no período. Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,3%, sustentado pelo mercado de trabalho aquecido e pelo aumento da renda. A formação bruta de capital fixo, que reflete os investimentos na
economia, também se expandiu, com um crescimento de 2,1%, em um contexto de retomada na categoria de bens de capital.
A Fiesp ressalta que o bom desempenho da indústria de transformação foi favorecido pela melhora nas condições de crédito e pela recuperação da confiança dos empresários, especialmente no segmento de bens de capital e bens de consumo. No primeiro semestre de 2024, a produção de veículos pesados, como ônibus e caminhões, foi um dos principais impulsionadores desse crescimento, junto com a produção de máquinas, aparelhos e materiais elétricos da chamada “linha branca.”
No entanto, a Fiesp alerta para os desafios estruturais enfrentados pelo setor industrial. Apesar de o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ter atingido patamares recordes, isso ocorre em um contexto de capacidade instalada deteriorada e reduzida, consequência de uma longa estagnação do estoque de capital desde 2015. Esse processo é reflexo, entre outros fatores, do ambiente econômico adverso que impactou a capacidade de investimento da indústria de transformação.
Para o segundo semestre de 2024, a Fiesp espera uma acomodação na atividade econômica devido à redução do impulso fiscal e à manutenção da política monetária restritiva. Contudo, diante das surpresas positivas do primeiro semestre, a projeção para o crescimento do PIB em 2024 foi ajustada para 2,7%. Já para o estado de São Paulo, a projeção de crescimento foi revisada de 2,4% para 2,5% neste ano.

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