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Exposição em São Paulo mostra as impressões de Lasar Segall sobre a Guerra

Centro da Cultura Judaica e Museu Lasar Segal apresentam, na íntegra, caderno ?Visões de Guerra?, produzido entre 1940 e 194

 Publicado em  17/05/2012 às 15h35  Brasil  Cultura e lazer


 

Em maio, a obra do pintor e mestre Lasar Segall (1891-1957) ganha espaço no Centro da Cultura Judaica. Realizada em parceria com o Museu Lasar Segall, a exposição, com abertura hoje, 17, apresenta o caderno “Visões de Guerra”, produzido pelo artista entre 1940 e 1943 e ainda pouco conhecido pelo público. São 75 desenhos aquarelados, deixados praticament e prontos por Lasar, que narram visualmente, como uma sequência quase cinematográfica de imagens dramáticas, um dos momentos mais tenebrosos da insensatez na história da humanidade, a guerra.

A exposição, que tem entrada gratuita e fica em cartaz até 12 de agosto, conta também com diversas obras que dialogam com a série, como pinturas, esboços, desenhos e fotografias, apresentadas no primeiro andar e na biblioteca do Centro da Cultura Judaica.

Radicado no Brasil desde 1923, o artista de origem judia russa foi um dos grandes nomes da segunda geração do expressionismo europeu, passando, ainda, por fortes influências do modernismo. Tendo vivenciado a brutalidade da Primeira Guerra Mundial na Alemanha, Segall desenha esse caderno já em terras brasileiras, durante a Segunda Guerra Mundial.

 O diretor do Museu Lasar Segall, Jorge Schwartz, explica as influências e o processo de criação do artista. “A partir de um jogo entre a memória daquilo que tinha vivenciado, cartas de amigos e parentes da Europa, somado as notícias veiculadas pela imprensa, Segall faz uma dura crítica à incomplacência da guerra, retratando, sobretudo, o sofrimento e a debilidade humana diante do horror”, relata. 

Durante a abertura, será lançado um catálogo inédito com imagens e textos críticos sobre o caderno “Visões de Guerra”. A publicação é resultado da associação entre o Museu Lasar Segall, o Centro da Cultura Judaica e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, e reúne os 75 desenhos em exposição. Conta, ainda, com textos elaborados por Berta Waldman, crítica literária; Jorge Coli, professor de História da Arte e da Cultura da Unicamp; e Celso Lafer, que, dentre diversas atividades de des taque, como o cargo de ex-Ministro das Relações Exteriores, preside o Conselho Deliberativo do Museu.

Yael Steiner, superintendente executiva do Centro, lembra que a exposição vai ao encontro da missão da instituição de promover a integração entre as culturas judaica e brasileira. “O Centro da Cultura Judaica cumpre o seu papel em contribuir para a diversidade cultural de São Paulo. Ademais, uma exposição como “Visões de Guerra”, de Lasar Segall, está em consonância com os conceitos de Cultura de Paz e Coexistência que defendemos”, reforça Yael.

Programação paralela

A exposição conta com uma intensa programação paralela. Benjamin Seroussi, diretor de programação do Centro, sugere que as atividades articuladas em torno da exposição e que percorrem diferentes linguagens, buscam instigar a reflexão. “Serão seis encontros ao redor da obra de Lasar Segall. Tais encontros buscarão trabalhar diferentes aspectos da produção do artista. Além dos debates, haverá uma pequena mostra de filmes que abordam a guerra pela chave da memória e do imaginário. Programamos, ainda, uma aula-show sobre a presença do expressionismo na música”, descreve Seroussi.

Em paralelo, ocorre o lançamento do novo número da Revista 18, do Centro da Cultura Judaica. O premiado escritor e jornalista gaúcho Michel Laub, que se dedicou recentemente ao judaísmo em seu romance “Diário de Queda”, novamente assina a coedição da revista, junto com Benjamin Seroussi. A publicação aborda a temática da guerra a partir de perspectivas pouco usuais.

Para educar e se divertir

Com lançamento programado para 19 de maio, o material educativo de “Visões de Guerra” pretende oferecer subsídios para que os educadores possam desenvolver ações e atividades a partir da série de aquarelas de Segall. Felipe Paros, do Departamento de Ação Educativa e Mediação Cultural do Centro da Cultura Judaica, explica que serão oferecidos horários especiais de visita à exposição, dirigidos aos educadores. “Dentro deles, o professor encontrará, além de textos de apoio, reproduções de obras presentes na exposição”.

 Além disso, o material traz pranchas com sugestões de atividades práticas que dialogam com o repertório visual de Segall e, também, com temas como a iminência das imagens de guerra e violência.,Tanto no nosso cotidiano constantemente alimentado por imagens midiáticas quanto dentro da própria história da arte ocidental.

Ao longo da exposição, o Centro da Cultura Judaica promoverá uma série de atividades como oficinas infanto-juvenis e para escolas, contações de histórias,

Serviço: Visões de Guerra – LAsar Segall

Data: de 17 de maio a 12 de agosto – 1º Andar e Biblioteca

Ingresso: gratuito* (Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência na bilheteria do Centro e estão sujeitos à lotação do espaço)

Classificação: Livre

Horário: 3ª a sábado, das 12h às 19h. Aos domingos, das 11h às 19h

Endereço: Rua Oscar Freire, 2.500 (ao lado da estação Sumaré do Metrô)

Tel.: (11) 3065-4333

E-mail: [email protected]

Site: www.culturajudaica.org.br

 

 

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