Publicado em 16/10/2025 às 11h12 Brasil Educação
Por: Ágatha Lemos
A revista Educação teve o prazer de entrevistar Guilherme Rodrigues Aves, CEO da Explore Aprendizagem Criativa – plataforma complementar do ensino formal que oferece atividades transdisciplinares. A Explore é uma ferramenta que amplia o repertório de estudantes entre seis e 14 anos. Educadores capacitados em Arte, Corpo e Tecnologia tornam-se pontes entre esses conteúdos, favorecendo, a aquisição de competências socioemocionais.
Em um espaço chamado de laboratório vivo, com cenários preparados e equipados para instigar a descoberta, o físico e o digital se conectam estimulando crianças e jovens a desenvolverem autonomia, criatividade, empatia e pensamento crítico, além de outros valores essenciais para a formação completa de um cidadão da era digital. Tudo isso viabilizado por facilitadores e educadores capacitados a incentivar o processo educativo autônomo, cooperativo e investigativo.
A proposta, de tão inovadora, ao mesmo tempo em que contextualizada, em pouco tempo chamou a atenção da Pearson, a maior plataforma de conteúdo educativo do mundo.
Deste modo, a Pearson licenciou a metodologia da Explore para desenvolver o Yázigi Explore, um After-school bilíngue que, já em seu lançamento, contou com mais de 40 unidades espalhadas pelo Brasil.
Mas não para por aí. A abordagem via plataforma digital de aprendizagem e avaliação apoia alunos, de escolas públicas e privadas, a se engajarem, trabalhando na redução o abandono escolar. A Explore Aprendizagem Criativa é tudo isso e muito mais. Conheça agora esta iniciativa e as tendencias globais para a educação do presente e do futuro nesta entrevista.
Revista Educação: Fale um pouco de você e da sua formação.
CEO Explore: Sou Guilherme Rodrigues Alves, profissional apaixonado por educação, inovação e transformação social. Minha formação acadêmica é multidisciplinar, iniciando por Engenharia, depois Comunicação e finalmente na Educação, sempre com a curiosidade de entender como diferentes áreas do conhecimento podem se integrar para gerar impacto real. Ao longo da minha trajetória, busquei experiências que me colocassem em contato tanto com a prática educacional quanto com o universo da inovação, sempre olhando para a educação como força motriz do desenvolvimento humano.
Revista Educação: Em que momento, a educação toma uma proporção tão grande em sua vida?
CEO Explore: A educação sempre esteve presente, pois iniciei aos 16 anos como professor de programação. Mas, ela se tornou central quando percebi que a sociedade estava prestes a acelerar suas mudanças e a escola, mesmo as mais proeminentes, não estavam evoluindo no mesmo ritmo. Decidi agir. Desenvolvi a metodologia da Explore Aprendizagem Criativa, que em poucos meses chamou a atenção da Pearson, maior produtora de conteúdos educacionais mundial.
Revista Educação: Que mudanças significativas você aponta na educação dos últimos 30 anos, com o impacto das tecnologias de informação e comunicação?
CEO Explore: As tecnologias de informação e comunicação romperam as fronteiras tradicionais da sala de aula. Antes, o professor era o detentor do saber; hoje, ele é mediador em um oceano de informações disponíveis. A aprendizagem se descentralizou e se tornou mais colaborativa, personalizada e conectada ao cotidiano. Nos últimos 30 anos, vimos a ascensão do ensino híbrido, das plataformas digitais, das redes de aprendizagem, da gamificação e da inteligência artificial aplicada à educação. Tudo isso amplia o alcance, mas também exige um olhar crítico para que o humano continue sendo o centro.
Revista Educação: E quais seriam as principais tendências globais para a educação?
CEO Explore: Vejo algumas tendências claras: - Aprendizagem personalizada, apoiada por inteligência artificial, análise de dados e facilitada por um tutor, não um professor. - Educação ao longo da vida, já que o conhecimento se atualiza em ciclos cada vez mais curtos. - Integração entre áreas, valorizando projetos interdisciplinares e resoluções de problemas reais. - Socioemocional como competência central, reconhecendo que aprender é também se conhecer e se diferenciar do que qualquer máquina poderá realizar. - Educação conectada ao propósito, preparando pessoas não apenas para o mercado, mas para atuar como cidadãos globais, com impacto e realização pessoal.
Revista Educação: Essas tendências se aplicam ao cenário brasileiro?
CEO Explore: Sim, com adaptações, claro. O Brasil é diverso, e precisamos equilibrar inovação com inclusão. Enquanto algumas instituições já estão na fronteira da inteligência artificial e do ensino híbrido, muitas ainda enfrentam desafios de acesso básico. O grande potencial brasileiro está em adaptar tendências globais à nossa realidade, criando soluções criativas que dialoguem com a cultura local e reduzam desigualdades. Mas, sou otimista em alcançarmos a democratização da educação de qualidade com a redução nos custos de equipamentos e conexão em muito breve.
Revista Educação: Observando a abordagem da Explore Aprendizagem Criativa, notamos a incorporação de temas que contemplam a integralidade humana. A educação está se abrindo para isso?
CEO Explore: Sem dúvida. Há um movimento crescente de compreender que educar não é apenas transmitir conteúdos, mas formar seres humanos plenos. A integralidade, que inclui corpo, mente, emoções, cultura e tecnologia, é hoje uma necessidade. A educação começa a abraçar essa visão, reconhecendo que habilidades cognitivas e socioemocionais caminham juntas.
Revista Educação: Por que Arte, Corpo e Tecnologia? A escolha dessas áreas é estratégica?
CEO Explore: Sim, porque representam três pilares complementares. A Arte desenvolve criatividade e sensibilidade estética. O Corpo nos reconecta com a experiência física, vital em tempos de excesso digital. A Tecnologia amplia possibilidades de criação e MAIS |33| EXPRESSÃO interação com o mundo. Ao unir esses três campos, construímos experiências educativas que preparam pessoas para um futuro que exige tanto inovação quanto humanidade, com total transdiciplinaridade, ou seja, a união dos três pilares em projetos que passam por todo o currículo definido pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura.
Revista Educação: Esse tipo de amplitude já está no radar dos profissionais da educação?
CEO Explore: Cada vez mais. Professores, gestores e pesquisadores entendem que precisamos superar currículos fragmentados. Embora ainda haja desafios estruturais, vemos avanços em programas interdisciplinares, projetos maker, metodologias ativas e políticas públicas que incluem habilidades socioemocionais e criativas. Claro que há desafios básicos a transpor antes de se chegar aí, mas quem tem condições, já está começando a conquistar este terreno.
Revista Educação: Além de ter um espaço físico, a Explore pode ser acessada de outras maneiras? Ela pode ir até empresas, escolas ou mesmo estar na casa de interessados?
CEO Explore: Sim, a Explore nasce com a vocação de ser multiplataforma. O espaço físico é um laboratório vivo, mas nossos conteúdos, metodologias e experiências podem estar presentes em escolas, empresas e residências por meio de programas, workshops, plataformas digitais e consultorias. A ideia é levar a aprendizagem criativa para onde as pessoas estão.
Revista Educação: As competências socioemocionais como parte do currículo de um cidadão poderiam mudar a sociedade?
CEO Explore: Com certeza. Quando educamos para a empatia, a colaboração, a resiliência e o autoconhecimento, formamos cidadãos mais conscientes e preparados para os desafios coletivos. As competências socioemocionais não apenas transformam indivíduos, mas criam sociedades mais justas, inclusivas e inovadoras. Essa talvez seja a mudança mais profunda que a educação pode oferecer ao mundo.
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