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Ex-primeiro ministro do Japão morre após atentado em comício

Shinzo Abe, de 67 anos, morreu após ser baleado na cidade de Nara, no oeste do Japão

 Publicado em  08/07/2022 às 11h55  atualizado em 08/07/2022 às 12h05 - Internacional  Polícia


Ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe

Ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe
Foto: Reprodução

Denise Katahira

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O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, de 67 anos, morreu nesta sexta-feira (8), após ser baleado  enquanto participava de um evento de campanha em Nara, no oeste do Japão. A morte chocou o país, onde mortes por armas de fogo são muito raras.

Abe, que era membro do PLD (Partido Liberal Democrata), estava fazendo um discurso de campanha em um comício antes das eleições que acontecem no domingo (10) para a Câmara Legislativa, quando tiros foram ouvidos.

A sua morte foi confirmada pela rede púbica japonesa NHK e a a agência Jiji. De acordo com informações, ele foi alvejado por volta das 11h30 (horário do Japão – 23h30 horário de Brasília), e foi levado de helicóptero ao hospital da Universidade de Medicina de Nara. Mas, devido a gravidade dos ferimentos, Abe veio a falecer.

Ainda segundo informações, os disparos que atingiram o ex-chefe de governo feriram o pescoço, do lado direito, e o peito, do lado esquerdo, chegando ao coração.

Em entrevista o professor de medicina de emergência no hospital da Universidade de Medicina de Nara, Hidetada Fukushima, disse que "Shinzo Abe foi transportado para o hospital às 12h20. Ele estava em estado de parada cardíaca na chegada. A reanimação foi administrada. No entanto, infelizmente, ele morreu às 17h03" (5h03 de Brasília).

Logo após o ataque, Fumio Kishida, o atual primeiro-ministro do Japão, se pronunciou: "Rezo para que o ex-primeiro-ministro Abe sobreviva. É um ato bárbaro durante a campanha eleitoral, que é a base da democracia, e é absolutamente imperdoável. Condeno este ato nos termos mais fortes".

O responsável pelo ataque é um ex-marinheiro, Tetsuya Yamagami, de 40 anos, que foi preso. O atirador usou uma arma artesanal, que foi confiscada.

Segundo o Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (SAPE), Inukai Tsuyoshi (1855-1932), o último primeiro-ministro a ser assassinado no Japão, há 90 anos, também foi morto pelas mãos de membros da Marinha, assim como Shinzo Abe (1954-2022). Tentativas de assassinato a políticos são raras no Japão—porém não sem precedentes.

Shinzo Abe

O ex-ministro do Japão era o mais antigo no cargo, pois governou o país pela primeira vez durante o ano de 2006. Depois, voltou ao poder entre 2012 e 2020. Era um político de terceira geração, preparado desde cedo para exercer o poder dentro de uma família conservadora de elite.

Abe era considerado para muitos japoneses um símbolo de mudança e juventude. Além disso, a população encontrou em Abe uma mão confiável, quando o país enfrentava os efeitos do tsunami em 2011 e o desastre nuclear de Fukushima.

Abe ficou famoso no exterior por sua estratégia de recuperação econômica, conhecida como "abenomics", iniciada em 2012, na qual misturou flexibilização monetária, grande recuperação orçamentária e reformas estruturais.

Alguns avanços foram registrados, como o aumento da taxa de emprego das mulheres e dos idosos. O país também passou a recorrer de maneira mais intensa à imigração para enfrentar a escassez de mão de obra.

 

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    Foto: Reprodução

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