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Estudo da Unicamp aponta criação de ilhas de calor em Indaiatuba

Pesquisa identificou variação significativa na temperatura entre áreas urbanas e rurais do município, com menos de 4 km de distância

 Publicado em  26/05/2025 às 13h57  Indaiatuba  Cidades


Foto: Reprodução Unicamp

Com uma distância de apenas 3,7 km entre si, dois pontos de Indaiatuba registraram uma diferença de temperatura de 6,7 ºC. A variação foi apontada por uma pesquisa do Instituto de Geociências da Unicamp, publicada na revista Environmental Monitoring and Assessment, que analisou o fenômeno da ilha de calor urbana no município.

O estudo, feito com dados coletados em 2022, integrou o doutorado da cientista ambiental Larissa Zezzo, que identificou que a diferença térmica mais acentuada ocorreu no inverno, período mais seco do ano. A comparação entre áreas urbanas e rurais da cidade revelou a presença marcante do fenômeno, que é caracterizado pelo acúmulo de calor em regiões com alta densidade de concreto e pouca vegetação.

Segundo Zezzo, as diferenças estão associadas ao uso e cobertura do solo, além de características urbanísticas e ambientais. “Pelo menos em 10% dos dias do mês de julho houve magnitudes extremamente grandes de ilhas de calor, quando comparamos os dois pontos”, explicou.

O efeito ocorre com maior frequência à noite, quando materiais como o concreto liberam o calor acumulado durante o dia. Já áreas com maior cobertura vegetal não retêm tanto calor, contribuindo para temperaturas mais amenas.

A professora Priscila Coltri, orientadora da pesquisa e diretora do Cepagri da Unicamp, ressalta que estudos como esse são fundamentais para cidades de médio porte, que frequentemente ficam fora das estatísticas sobre mudanças climáticas urbanas. “O trabalho mostra que não é porque a cidade é de médio porte ou de pequeno porte que a magnitude [da ilha de calor] não é tão intensa”, afirmou.

A pesquisa também alerta para o risco de aumento das temperaturas com a expansão urbana. A região mais fria identificada em Indaiatuba está justamente em uma área de expansão da cidade. “Se a vegetação for removida para dar lugar a moradias, possivelmente esse será um local onde a temperatura irá aumentar”, aponta Zezzo.

Coltri reforça a importância de áreas verdes amplas como praças e parques, tanto dentro da cidade quanto em seu entorno, para mitigar o fenômeno. (Com dados de g1 Campinas

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  • Foto: Reprodução Unicamp

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