Publicado em 03/10/2024 às 15h36 Indaiatuba Educação
Discussão sobre o uso de celulares em sala de aula avança no campo legislativo
Foto: Freepik
A proposta do Ministério da Educação de proibir o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do Brasil tem sido avaliada de forma positiva por professores e orientadores educacionais. A medida, prevista para ser apresentada em outubro, busca reduzir os impactos negativos do uso excessivo de telas, que afetam o aprendizado, o desempenho escolar e a saúde mental dos professores. Em entrevista recente ao jornal Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou essas preocupações, fundamentadas em estudos que evidenciam os prejuízos causados por essa prática.
Educadores expressam preocupações com o "vício tecnológico" que os celulares têm gerado, com muitos estudantes manifestando sintomas de abstinência e comportamento agressivo quando afastados dos dispositivos. Além disso, o uso excessivo tem prejudicado a rotina, o sono e a alimentação dos jovens, aumentando a competitividade e a agressividade em sala de aula.
Indaiatuba
Há 28 anos à frente da educação, para Marta Ribeiro, diretora do Colégio Episteme, o grande desafio hoje é atrair para os conteúdos escolares a atenção dos alunos que estão envolvidos no mundo digital. “Eu acredito que a tecnologia precisa ser usada nas escolas, porém percebo que nossos alunos estão tão dependentes das redes sociais que não conseguem interagir com seus pares “ olho no olho” e não conseguem se relacionar com as metodologias de sala de aula! Precisaríamos de um movimento de resgatar todos para uso adequado, o momento certo de acesso e, acima de tudo, aprendermos a usar com ética as redes sociais”, ressalta a diretora.
O Colégio Rodin em Indaiatuba adotou um método para evitar o uso dos celulares em sala de aula, o colégio reservou um local dentro da sala onde os alunos colocam o celular. “Durante a aula ele não tem acesso ao celular, isso evita de ele estar prestando atenção na aula e o celular tirar a atenção do aluno, então os celulares ficam todos no painel onde tem o nome de cada aluno e nos intervalos ou em outras situações o aluno pode pegar o celular”, destaca Marcelo Hermanson Canela, mantenedor do colégio.
Segundo Marcelo a estratégia da escola para que os alunos utilizem o mínimo possível o celular na escola é fornecer ambientes que os estimulem a se sociabilizar, como atividades extra curriculares e ambientes com jogos e atividades, além de atividades culturais, galerias e até mesmo uma rádio escolar.
Proposta de Lei e Discussão Legislativa
A discussão sobre o uso de celulares em sala de aula também tem avançado no campo legislativo. O Projeto de Lei n.º 293/2024, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), aborda os prejuízos causados pelo uso excessivo de celulares, especialmente entre crianças e adolescentes. A dependência emocional vinculada às redes sociais tem prejudicado o rendimento escolar, revelando a urgência de regulamentar o uso desses dispositivos.
Muitos alunos demonstram dificuldade em discernir o momento adequado para utilizar seus celulares, e as constantes distrações provocadas por aplicativos durante as aulas dificultam a atenção e comprometem o processo de ensino. Além disso, o contato frequente dos pais com os filhos durante o horário escolar reflete uma falta de conscientização sobre os impactos dessa prática no ambiente educacional.
Os professores enfrentam um grande desafio para manter o engajamento dos alunos, especialmente na ausência de legislações que proíbam o uso de celulares em sala de aula. Contudo, no ensino médio, há a possibilidade de incorporar os celulares de forma pedagógica, orientando os estudantes sobre o uso ético da internet.
O Projeto de Lei n.º 2.246-A, de 2007, que tramita na Câmara dos Deputados, representa um passo importante na criação de diretrizes claras sobre o uso de celulares nas escolas. A proposta não se limita à proibição, mas também inclui a discussão sobre o uso responsável das redes sociais, o que é fundamental para a formação de cidadãos conscientes.
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