Entenda o que é sedentarismo e porque ele é tão prejudicial à saúde

Sedentarismo é a falta de atividade física regular na rotina diária.
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Rayane Lins

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As facilidades e tentações da vida moderna certamente facilitaram o dia a dia das pessoas, mas também impactaram negativamente, principalmente na saúde, elevando os riscos do sedentarismo em todo o mundo.

Segundo o docente do curso de Educação Física da UniMAX, do Grupo UniEduK, Vitor Giatte Angarten, o sedentarismo é a falta de atividade física regular na rotina diária. Isso inclui passar a maior parte do tempo sentado ou deitado, com pouca ou nenhuma atividade física. Ele é intensificado pelos hábitos da vida moderna, como passar muito tempo dentro de carros, a comodidade de escadas rolantes, elevadores e o tempo que gastamos jogados no sofá assistindo à TV enquanto comemos alguma besteira. Além disso, a rotina de grande parte da população, que trabalha em escritórios, também contribui para esse hábito prejudicial à saúde.

Ainda segundo o profissional, o sedentarismo está associado a riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, problemas posturais, sarcopenia, diminuição da densidade óssea, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, depressão e ansiedade,  entre outros problemas.

Para ajudar as pessoas a fazer uma autocrítica e entender melhor sobre o assunto,  o comportamento sedentário tem agora uma “enciclopédia”, onde estão reunidas desde informações sobre impactos no organismo e na saúde humana até conceitos e recomendações. Em mais de 100 páginas, resultantes de três anos de pesquisa, cientistas brasileiros e de instituições internacionais revisaram a literatura sobre o tema.

 O estudo está publicado na revista científica “Physiological Reviews” e reforça a mensagem “Sente-se menos, mova-se mais”, apontando uma série de lacunas em estudos clínicos e experimentais a serem preenchidas para elucidar os efeitos fisiológicos da combinação de exercícios com interrupções do período sedentário. 

O docente Vitor Giatte destaca, que de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), é recomendado pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade; e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

“É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar um novo programa de exercícios, especialmente se você tiver condições médicas pré-existentes. Comece gradualmente e aumente a intensidade e volume dos exercícios ao longo do tempo. Varie os tipos de exercícios para trabalhar diferentes grupos musculares. Escute o seu corpo e descanse quando necessário. Mantenha-se hidratado e adote uma alimentação saudável para sustentar seus exercícios”, comenta Vitor.

Dicas de como evitar se tornar um sedentário 

De acordo com Vitor Giatte, definir metas realistas de atividade física é uma dica fundamental. “Encontre ainda atividades que você goste e que possa incorporar à sua rotina. Faça pausas para se movimentar durante o dia. Vale à pena também utilizar aplicativos ou dispositivos para rastrear sua atividade. Envolva amigos ou familiares para praticar exercícios juntos”.  Para aqueles que não gostam ou não tem condições de investir em uma academia, pagar profissionais, uma excelente alternativa é os exercícios em casa, “as pessoas podem fazer: agachamentos, flexões de braço, prancha abdominal, polichinelos, saltos, alongamentos, dança, subir e descer escadas, que ajudam para evitar que você se torne sedentário”, relata o profissional.