Publicado em 11/08/2023 às 10h28 atualizado em 11/08/2023 às 10h29 - Indaiatuba Arquitetura e Construção
Em 2021, o Brasil ultrapassou a marca histórica de 10 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica
Foto: André Ávila / Agencia RBS
Da Redação
Mais barata, limpa e de fácil manutenção. Estas são apenas algumas das principais vantagens de um sistema que utiliza a luz solar como fonte de energia. E para quem tem custos muito altos com energia elétrica, os benefícios são ainda maiores.
E a cada ano a procura por essa tecnologia aumenta, pois estamos vivendo momentos de reflexão a respeito da escassez dos recursos naturais renováveis.
Com isso os pesquisadores estão em busca constante de novas tecnologias e suas aplicações práticas, visando minimizar o consumo de energias poluentes, como o petróleo e a energia elétrica gerada por termoelétricas.
Na construção civil, os profissionais da área de arquitetura e engenharia tem a responsabilidade de se atualizarem e oferecer a seus clientes, o que há de mais atual em termos de soluções sustentáveis.
Uma das tecnologias utilizadas são as placas fotovoltaicas que diferente dos aquecedores solares, que apenas geram água quente para chuveiros, torneiras ou piscinas. Estas têm a capacidade de gerar energia elétrica a partir dos raios do sol e pode ser utilizada para diversos fins, como acender uma lâmpada ou ligar uma televisão.
Aumento da adesão
O Brasil registrou aumento da adesão aos sistemas de produção de energia fotovoltaica, e o país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Desse total, 13 GW são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos e o restante corresponde às usinas de grande porte. É um número considerado histórico pelo setor. A título de comparação, a Usina Hidrelétrica de Itaipu gera 14 GW de potência instalada.
Com o aumento, a energia solar se consolida como a terceira maior geradora de energia no país, atrás apenas das fontes hidrelétricas e eólica. A captação de luz solar por placas fotovoltaicas e a transformação dessa luz em energia representa, atualmente, 9,6% da matriz elétrica do país. De janeiro a setembro, de 2022, houve aumento de 46,1%, com crescimento médio de 1 GW por mês nos últimos 120 dias.
Com base nos dados da Absolar, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início de 2023.
Incentivo
O incentivo, em forma de desconto na tarifa, para consumidores instalarem o sistema em suas casas é uma das razões para a projeção.
De acordo com a Lei 14.300/2022, que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, os consumidores que instalarem sistema solar em suas residências e empresas até 2023 pagarão mais barato pela tarifa até 2045. A tarifa será calculada apenas sobre a diferença positiva entre o montante consumido e a soma da energia elétrica injetada no referido mês.
Além disso, há um incentivo fiscal e a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na venda do kit completo (inversor + módulos), e a abertura de linhas de crédito para compra de sistemas fotovoltaicos.
Sustentabilidade
Para a CNI, as empresas brasileiras têm buscado adotar a agenda sustentável, indo ao encontro do compromisso firmado pelo Brasil para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) estabelecidas no Acordo de Paris. O compromisso do país é reduzir 37% até 2025 e 50% até 2030.
“Muitas empresas têm investido em projetos de eficiência energética. Isso significa usar menos energia para obter o mesmo resultado, e esse resultado pode ser alcançado por meio de melhorias tecnológicas ou de mudanças na gestão energética das empresas”, afirmou o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
A geração distribuída no Brasil
Há cerca de 1,2 milhão de pontos de geração distribuída de energia solar no Brasil em 2022, segundo a Absolar, e elas estão concentradas da seguinte forma: Residências representam 78,4% das conexões; Estabelecimentos de comércio ou serviços representam 11,8% das conexões; Consumidores rurais representam 7,7% das conexões; Indústrias representam 1,7% das conexões; E prédios públicos representam 0,3% das conexões.
A energia solar começou a crescer com maior força no Brasil a partir de meados da década de 2010. Inicialmente, a maior parcela da energia vinha de geração centralizada. Mas a geração distribuída ganhou impulso a partir de 2019, e em 2022 representa cerca de dois terços da energia solar do país.
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