EDITORIAL - A importância da água

Há exatos 30 anos, a Assembleia Geral da ONU criava o Dia Mundial da Água, que passou a ser celebrado em 22 de março e que foi mais um esforço para garantir que as autoridades, os empresários e a população se conscientizassem da importância de se preservar esse recurso.

Ao longo de todo esse tempo, os avanços nessa jornada não foram significativos, embora muita coisa tenha mudado. Receia-se que sejam necessários muito mais anos ainda para que os resultados buscados possam ser alcançados de fato. Não por falta de empenho, mas de vontade.

As campanhas e os incentivos não param de ser apresentados. Apesar disso, interesses políticos, econômicos e pessoais impedem que os avanços aconteçam no tempo e na intensidade adequados, em que pese que a destruição já faça com que comece a faltar água.

Só pelos números já se deveria pensar em maneiras de preservar e de reduzir ou até acabar com os ataques humanos aos meios de produção. Afinal, o planeta é coberto por oceanos com mil metros de profundidade cada, o que cobre 70% da superfície, mas apenas 2% disso é potável.

Outra razão para se preocupar são as crises constantes de seca que o país tem enfrentado ano após ano. Neste 2022 mesmo uma situação crítica dessas foi enfrentada por toda a região com a implantação inclusive de rodízios e com desabastecimentos frequentes.

Por isto, a principal conscientização deve ser feita nas escolas, onde estão as crianças, que ainda possuem uma mente livre dos interesses políticos, econômicos e pessoais dominantes do mundo adulto. São elas que têm condições de mudar alguma coisa se aprenderem desde cedo.

Outra alternativa é a mais dolorosa e que nem sempre se consegue tempo para realizá-la, que é a tomada de providências emergencialmente, quando tudo o que se podia fazer de forma planejada não foi feito e não há mais condições. É nesse ponto que se faz tudo por um custo absurdo.

Indaiatuba tem feito a sua parte criando condições para a preservação e trabalhando sobre as crianças, mas a grande maioria das cidades da região não tem feito o que tem de fazer e a conta virá e com grande impacto, pois as condições não são boas mais e só pioram.