Publicado em 14/05/2025 às 12h38 Brasil Saúde
A cefaleia tensional é uma dor de cabeça que se manifesta como uma pressão
Foto: divulgação
As dores de cabeça, conhecidas tecnicamente como cefaleias, fazem parte do cotidiano de muitas pessoas e, embora na maioria das vezes não representem um risco imediato, é fundamental entender quando elas podem sinalizar algo mais sério.
“É importante que as pessoas não se acostumem com a dor, principalmente quando ela passa a ser recorrente ou diferente do habitual. A dor de cabeça pode ser um sintoma de alerta do organismo”, afirma o Dr. Kleber Duarte, neurocirurgião especializado em dor.
Tipos de cefaleia
Existem dois grandes grupos de cefaleia: primárias e secundárias.
“Nas cefaleias primárias, como a enxaqueca e a cefaleia tensional, a dor é a própria doença. Já nas secundárias, ela é consequência de outra condição, como infecções, distúrbios neurológicos, aneurismas ou até tumores cerebrais”, explica o especialista.
As cefaleias primárias mais comuns são:
Cefaleia tensional: dor em pressão, de leve a moderada, geralmente associada a estresse, má postura ou tensão muscular.
Enxaqueca: dor intensa e pulsátil, com sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.
Cefaleia em salvas: menos comum, extremamente dolorosa, concentrada ao redor dos olhos, e ocorre em períodos específicos.
Além dessas, há tipos menos frequentes como a cefaléia cervicogênica (relacionada ao pescoço) e as SUNCT/SUNE, que envolvem dor facial.
Quando a dor é sinal de alerta
“Se a dor de cabeça começa de forma súbita e intensa, vem acompanhada de febre, alteração da consciência, rigidez na nuca ou convulsões, é necessário procurar atendimento médico imediato”, adverte o Dr. Kleber.
Também devem ser investigadas dores que:
Persistem por mais de 15 dias no mês;
Não respondem aos tratamentos convencionais;
Mudam de padrão ou aumentam de intensidade;
Surgem em pessoas com histórico de doenças neurológicas ou uso crônico de analgésicos.
Nesses casos, exames como tomografia, ressonância magnética, análises laboratoriais ou até a punção do líquor podem ser solicitados para um diagnóstico preciso.
Causas e gatilhos
Diversos fatores podem desencadear ou agravar uma cefaleia: genética, alterações hormonais, estresse, privação ou excesso de sono, jejum prolongado, uso excessivo de cafeína ou álcool, ansiedade e abuso de analgésicos.
“Muitas vezes o próprio remédio, quando usado em excesso, pode se tornar a causa da dor — o que chamamos de cefaleia por uso abusivo de medicamentos”, alerta o neurocirurgião.
Como tratar
O tratamento depende do tipo, frequência e intensidade da dor. Pode incluir:
Medicação: analgésicos, anti-inflamatórios, triptanos, antidepressivos, anticonvulsivantes;
Terapias complementares: acupuntura, fisioterapia, psicoterapia;
Mudanças no estilo de vida: alimentação equilibrada, hidratação, sono de qualidade, atividade física;
Tratamentos especializados: em casos graves ou refratários, podem ser indicados bloqueios anestésicos ou neuromodulação cirúrgica.
Prevenção e qualidade de vida
Estima-se que 95% da população mundial tenha ao menos um episódio de cefaleia ao longo da vida. A enxaqueca, por sua vez, afeta cerca de 15% da população mundial, sendo mais comum entre mulheres em idade fértil.
“Prevenir é sempre o melhor caminho. Identificar os gatilhos individuais e manter uma rotina equilibrada pode reduzir significativamente os episódios de dor”, aconselha Dr. Kleber.
Ele reforça ainda que a dor de cabeça, mesmo que comum, não deve ser banalizada.
“O corpo fala. A dor é uma forma de comunicação e, quando persistente ou diferente do habitual, merece ser ouvida com atenção.”
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