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Dois vereadores mudam de opinião e Câmara rejeita CEI contra prefeito

Investigação seria para apurar se Edivaldo Brischi (PTB) cometeu crime ao enviar moradores de rua para cidades da região

 Publicado em  21/08/2021 às 22h07  Monte Mor  Política


Eloy de Oliveira
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Com oito votos contrários, dois deles dos vereadores Beto Carvalho (DEM) e Milziane Menezes (PSDB), que haviam assinado o requerimento pedindo a instalação de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra o prefeito, a Câmara rejeitou a investigação na sessão da última segunda-feira (9).

Para a instalação da CEI, eram necessários oito votos, mas só ocorreram os seis que sobraram após a mudança de Carvalho e Milziane: Adilson Paranhos da Silva (MDB), Camilla Hellen (Republicanos), Bruno Leite (DEM), Valdecir Torres, o João do Bar, e Wal da Farmácia (ambos PSL) e Adriel Nascimento (PT).

A investigação apuraria prováveis crimes de prevaricação de agentes públicos, o que incluía secretários, diretores e coordenadores municipais, além do prefeito, e violações dos direitos humanos contra moradores de rua que foram enviados pelo prefeito, usando a máquina pública, para outras cidades da região.

Motivos

Carvalho disse que mudou de ideia depois de conversar com o prefeito Edivaldo Brischi (PTB) e afirmou que tem de ser justo com as informações que recebeu. Ele disse que votou em cima dos documentos que o prefeito mostrou, que são os mesmos que Brischi enviou para os procuradores do Ministério Público.

O prefeito responde a uma investigação instalada pela Procuradoria de Boituva, uma das cidades que receberam os moradores de rua e que registrou boletim de ocorrência contra ele, e enviou explicações aos agentes, as quais repassou ao vereador. Milziane Menezes não explicou por qual razão mudou de ideia.

As explicações de Beto Carvalho não convenceram os outros vereadores que assinaram o requerimento. Para Adilson Paranhos, a repercussão nacional do envio de moradores de rua para Boituva é triste. “Foi um ato desumano, desrespeitoso e contra princípios bíblicos e religiosos”, disse.

Interpretação

A vereadora Andrea Garcia, que é do mesmo partido do prefeito, disse que os moradores de rua pediram para irem embora.

“O prefeito tem o direito de pegar uma condução e levá-los”, afirmou. Ela também teve acesso à documentação enviada ao MP e se disse convencida da inexistência de culpa do prefeito.

Apesar disso, o próprio Edivaldo Brischi disse, em uma live no dia 14 de julho, logo após o envio dos moradores de rua, que contratou seis viagens para o transporte e que as pessoas poderiam ficar bravas com ele por isso, mas que agora a cidade tinha prefeito e por isso não iria virar um lixo com os moradores de rua.

Além disso, as próprias pessoas enviadas a Boituva disseram à Prefeitura de lá e depois à polícia que tinham sido pegas de surpresa e colocadas em uma van e que teriam sido forçadas a viajar, porque não queriam e nem sabiam da intenção do prefeito em retirá-los das ruas da cidade, como aconteceu.

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