Publicado em 21/05/2021 às 10h28 Estado de São Paulo Política
Eloy de Oliveira
maisexpressao@maisexpressao.com.br
A eleição para escolha do novo comando do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), que ocorre no dia 5 de julho deste ano, expõe uma crise interna da Fiesp e divide o poder na indústria paulista depois de 17 anos.
É que nesse período o empresário Paulo Skaf se reelegeu quatro vezes sem nunca ter uma chapa concorrente. Mas a situação mudou com o impedimento do estatuto da entidade de uma nova reeleição, o que fez surgir a oposição.
Diante disso, os aliados de Skaf decidiram lançar chapas diferentes para o comando da Fiesp e do Ciesp a fim de garantir sucesso na eleição. Na Fiesp, deu certo, pois a chapa de oposição não conseguiu o registro a tempo para concorrer.
Mas no Ciesp, o candidato de Skaf, Rafael Cervone, terá de enfrentar o opositor José Ricardo Roriz Coelho. O novo presidente da Fiesp deverá ser Josué Gomes da Silva, da Coteminas, que deverá ser aclamado também no dia 5.
Se a oposição vencer no Ciesp, o comando das principais entidades representativas da indústria paulista estará em conflito, já que o dono da Coteminas é da situação e segue o mesmo discurso do atual presidente da Fiesp.
Rafael Cervone afirma que Roriz está fazendo campanha, mas ele está e sempre esteve na mesma chapa de Skaf. O candidato do atual presidente nega todas as acusações feitas pelo opositor e diz que ele deveria ter memória.
A eleição na Fiesp é indireta: votam os 131 delegados de sindicatos ligados à entidade. Já no Ciesp, o pleito é direto, ou seja, votam representantes de todas as empresas associadas. Hoje são 6,5 mil empresas aptas a votar.
Protagonismo
A bandeira principal do candidato de oposição, José Ricardo Roriz, é devolver à indústria paulista o protagonismo que ela teria perdido durante a gestão de Paulo Skaf, a quem ele acusa de ser personalista para obter candidaturas políticas.
“Skaf perdeu três eleições e a indústria foi prejudicada com isso. De 2004 a 2020, a indústria como um todo saiu de 25,3% para 16,2%. Já a participação da indústria no emprego estadual caiu de 21,8% para 16,6%”, diz Roriz.
Ele fala em programa que aborda a indústria 4.0, internet das coisas, economia circular e de baixo carbono, robotização e comunicação 5G, com cidades inteligentes e nova postura frente à mudança de comando nos Estados Unidos.
Cinco pilares
Rafael Cervone aposta na vitória com um programa baseado em cinco pilares, os 5 Gs; com uma renovação (a chapa de 134 posições tem 72 novos componentes) e com inclusão: 17% da chapa é de mulheres e de jovens empresários.
“O primeiro G é de gente. As pessoas que fazem a diferença. Precisamos pensar nos 20 milhões de desempregados. O segundo G é de Gestão. Falamos de empresas e entidades. Precisamos maximizar, pulverizar e empoderar”, diz.
Na plataforma, o terceiro G é de Governança. Destaca a responsabilidade social e ambiental. O quarto G é de Globalização. “Precisamos ter vias alternativas para a nossa exportação e importação”. O último G é de Gosto de mudança.
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