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Disfunção erétil no Brasil: prevalência elevada, causas diversas e avanços no tratamento com orientação

Entre as abordagens mais recentes, ganham destaque as terapias regenerativas, como o uso de ondas de choque

 Publicado em  10/09/2025 às 14h53  Brasil  Saúde


Foto: divulgação

A disfunção erétil segue sendo uma condição de grande impacto na saúde pública masculina no Brasil, afetando quase metade dos homens com mais de 40 anos. Estudos recentes apontam que cerca de 48,8% dos homens nessa faixa etária apresentam algum grau de dificuldade de ereção, sendo 26,6% com disfunção leve, 18,3% com quadro moderado e 3,9% com disfunção completa. Esses dados indicam que mais de 9 milhões de brasileiros convivem com disfunção erétil, sendo aproximadamente 3,5 milhões com casos considerados moderados a graves.

As causas da disfunção erétil são variadas e muitas vezes interligadas. Doenças vasculares, como hipertensão e aterosclerose, e distúrbios metabólicos, como o diabetes, estão entre as principais causas orgânicas. Há ainda fatores anatômicos, neurológicos e hormonais que podem contribuir para o quadro. 

O urologista Dr. Ivan Selegatto explica que, em muitos casos, a disfunção erétil pode ser o primeiro sinal de uma doença cardiovascular ainda não diagnosticada. Ele também destaca que, entre os jovens, causas emocionais como ansiedade de desempenho e depressão ganham cada vez mais destaque, exigindo abordagem multidisciplinar que inclua apoio psicológico.

No que diz respeito aos fatores de risco, o especialista aponta que homens com diabetes têm até oito vezes mais chances de desenvolver o problema de saúde, enquanto hipertensos apresentam um risco mais de duas vezes maior. O tabagismo pesado também é um agravante importante. Além disso, o avanço da idade aumenta significativamente as chances de disfunção, com dados mostrando incidência de até 190 casos por mil homens entre 60 e 69 anos em determinados estados brasileiros.

O diagnóstico preciso é essencial para direcionar o tratamento mais adequado. Nesse contexto, o exame de ultrassom Doppler peniano com fármaco se destaca como uma ferramenta importante. O procedimento avalia o fluxo sanguíneo nas artérias do pênis após a indução farmacológica da ereção, permitindo identificar possíveis causas vasculares da disfunção erétil. Segundo Dr. Selegatto, “o Doppler é fundamental especialmente quando há suspeita de origem orgânica, como insuficiência arterial ou fuga venosa, e auxilia na decisão terapêutica, inclusive para casos cirúrgicos ou que não respondem bem à medicação oral”.

O tratamento da disfunção erétil evoluiu bastante nos últimos anos. A primeira linha de combate geralmente envolve os inibidores da enzima PDE-5, como o sildenafil (Viagra®️) e a tadalafila (Cialis®️), que apresentam bons resultados, principalmente em quadros leves a moderados.

No entanto, Dr. Selegatto reforça que o sucesso do tratamento depende do controle das doenças associadas. “Um paciente com obesidade e diabetes, por exemplo, precisa tratar essas condições paralelamente para que a medicação funcione de forma eficaz. Não se trata apenas de tomar um comprimido, mas de melhorar a saúde como um todo”, ressalta.

Entre as abordagens mais recentes, ganham destaque as terapias regenerativas, como o uso de ondas de choque de baixa intensidade, plasma rico em plaquetas e até células-tronco. Apesar de promissoras, essas técnicas ainda estão em fase experimental no Brasil e carecem de validação científica mais robusta. Para Dr. Selegatto, “essas terapias podem representar o futuro do tratamento, mas é importante que sejam realizadas com acompanhamento especializado e que os pacientes não caiam em promessas milagrosas ou procedimentos não regulamentados."

O médico também chama atenção para a importância de envolver o aspecto psicológico no tratamento. “A ansiedade de desempenho é um dos grandes vilões, principalmente entre os mais jovens. Em muitos casos, a psicoterapia aliada ao acompanhamento urológico é essencial para quebrar o ciclo de insegurança e restaurar a confiança do paciente.”

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