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‘Dezembrite’: por que priorizar os outros pode agravar a síndrome do fim de ano

Muitos focam em criar momentos especiais, já outros acabam esquecendo de si mesma

 Publicado em  25/12/2025 às 10h00  Indaiatuba  Cidades


Enfrentar o “Dezembrite” exige reconhecer limites se voltar ao autocuidado

Enfrentar o “Dezembrite” exige reconhecer limites se voltar ao autocuidado
Foto: Divulgação

Para muitos, as festas de final de ano simbolizam celebração, encontro e renovação. No entanto, para uma parcela significativa da população, dezembro também marca o surgimento, ou agravamento de sintomas de estresse, desgaste físico e mental, irritabilidade e sensação de desânimo. A pressão para comprar presentes, organizar confraternizações, dar conta de compromissos acumulados e equilibrar gastos transforma o período em um verdadeiro gatilho emocional.

Esse fenômeno tem nome. Popularmente conhecido como “Dezembrite” ou “síndrome do final do ano”, ele preocupa profissionais da saúde por provocar uma alta na procura por atendimento psicológico e psiquiátrico nesta época.

Segundo dados da International Stress Management Association (ISMA), dezembro é o mês em que a tensão atinge níveis mais elevados. Entre 678 entrevistados, de 25 a 55 anos, 75% relatam maior irritabilidade, 70% sentem aumento da ansiedade, 80% percebem a tensão no corpo e 38% apresentam dificuldades para dormir.

A sobrecarga emocional também é reforçada por um comportamento comum: priorizar o bem-estar dos outros. Uma pesquisa da American Heart Association mostra que 79% das pessoas focam tanto em criar momentos especiais para familiares e amigos que acabam negligenciando a própria saúde. Além disso, 71% afirmam se arrepender, todos os anos, de não reservar tempo para relaxar e aproveitar o período.

Para a , psiquiatra Dra. Danielle Admoni o conjunto de exigências emocionais e sociais forma um ambiente propício para o aumento do estresse. “O final de ano traz uma conjunção de fatores que atuam como gatilhos de estresse e ansiedade. Temos o balanço do ano, a sensação de que ‘o que não foi feito precisa ser concluído agora’, as altas demandas sociais de festas e presentes e, claro, as questões financeiras. É um verdadeiro ‘combo’ que sobrecarrega o sistema emocional”, explica.

A especialista destaca que enfrentar o “Dezembrite” exige reconhecer limites e reorientar o foco para o autocuidado algo que muitas vezes é deixado de lado justamente por quem tenta atender todas as expectativas externas.

“É crucial que as pessoas entendam que ‘dezembro’ não é uma pausa mágica na vida. Nossos problemas e nossa saúde mental continuam existindo e precisam de atenção. Para quem sofre com o ‘Dezembrite’, a chave é o autocuidado. É preciso aprender a dizer ‘não’ a convites ou demandas excessivas e priorizar o descanso e atividades que realmente tragam prazer, em vez de se focar apenas nas obrigações”, afirma.

Especialistas reforçam que desacelerar, mesmo em meio à correria, é fundamental. Reservar momentos simples como caminhar, ouvir música, descansar ou realizar atividades prazerosas pode reduzir a tensão e ajudar a atravessar o fim de ano com mais equilíbrio.

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