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Dengue, coronavírus, influenza, chikungunya: de onde vêm os nomes dos vírus e das doenças?

Com diversas origens, palavras podem remeter a características específicas da doença

 Publicado em  13/11/2024 às 13h41  Brasil  Saúde


Era comum antigamente o nome do vírus referenciar o local onde o vírus havia sido identificado pela primeira vez.

Era comum antigamente o nome do vírus referenciar o local onde o vírus havia sido identificado pela primeira vez.
Foto: Divulgação

Você já pensou em como são escolhidos os nomes dos vírus? Além de características como sintomas e formas de prevenção, o nome de um vírus ou doença pode ter grandes impactos sociais e econômicos. Um exemplo é a Mpox, antes chamada de Monkeypox ou varíola dos macacos, cujo nome gerou discursos racistas e levou ao abate de animais. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a troca do nome para reduzir esses impactos.

Historicamente, era comum referenciar o local onde o vírus foi descoberto ou os primeiros povos afetados. Palavras do latim, grego e italiano também eram usadas para descrever os patógenos pelos sintomas causados. Em 2015, a OMS publicou diretrizes para a nomenclatura de novas doenças, recomendando nomes “cientificamente sólidos e socialmente aceitáveis” e evitando associação com locais ou grupos para evitar estigmatização.

Em zoonoses (doenças que passam de animais para humanos), fazer referência ao animal também pode ser prejudicial. A gripe suína, por exemplo, levou ao abate de porcos e restrições na importação de carne suína, mesmo que a transmissão ocorresse entre humanos.

Veja a origem dos nomes de alguns vírus no Brasil:

  • Influenza: do italiano “influência”, acreditava-se que a gripe era causada por uma “influência dos céus”. A palavra foi usada na Itália em 1358 e internacionalizada em 1743 após uma epidemia. Em português, também se usa “gripe”, derivado do francês “grippe”, que remete a “tremer de frio”.
  • Chikungunya: significa “aqueles que se contorcem” na língua Makonde, do sudeste da Tanzânia, em referência à dor nas articulações causada pela doença, descrita nos anos 1950.
  • Dengue: o termo surgiu no século XVIII na Espanha e remete à debilidade dos pacientes, que se movem com cautela. Outra teoria relaciona o termo ao quimbundo “ndenge” (recém-nascido ou choradeira).
  • Zika: nomeado em homenagem à floresta Zika, em Uganda, onde o vírus foi identificado em 1947. No Brasil, é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e chikungunya.
  • Febre Amarela: recebe este nome pela icterícia que causa em alguns pacientes, dando à pele e aos olhos uma coloração amarelada.
  • Coronavírus: o nome vem do latim “coroa”, devido à aparência do vírus. Já Covid-19 é a abreviação de “Coronavirus Disease” com “2019”, ano da descoberta do SARS-CoV-2. Outro coronavírus, o MERS, recebeu seu nome devido à origem no Oriente Médio.

 

Ao entender a origem dos nomes dos vírus, notamos a importância de uma nomenclatura cuidadosa, capaz de minimizar impactos negativos e promover uma comunicação responsável.

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  • Era comum antigamente o nome do vírus referenciar o local onde o vírus havia sido identificado pela primeira vez.

    Era comum antigamente o nome do vírus referenciar o local onde o vírus havia sido identificado pela primeira vez.
    Foto: Divulgação

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