De olho nos preços: material escolar está de 5% e 9% mais caro em 2025

A dica é pesquisar antes de comprar os produtos.
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Os gastos com material escolar devem pesar ainda mais no bolso dos pais e responsáveis em 2025. De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), o aumento nos preços deve ficar entre 5% e 9%, impulsionado por fatores econômicos como alta tributação, custos de produção e valorização do dólar.

“Os impostos são um componente importante no preço final do material escolar. Diversos produtos têm até 40% de impostos”, destacou Sidnei Bergamaschi, presidente-executivo da associação.

Pesquisa de preços é essencial

Para driblar os reajustes, especialistas recomendam a pesquisa de preços. Um levantamento do Procon-SP revelou diferenças significativas nos valores de produtos entre lojas. Entre os exemplos, uma régua que custa R$ 1,60 em uma loja pode ser encontrada por R$ 5,90 em outra. Um caderno universitário com capa dura e 80 folhas varia de R$ 15,75 a R$ 30,90, enquanto uma caixa de tinta para pintura a dedo, de seis cores, pode custar entre R$ 5,90 e R$ 12,80.

“Os valores nominais podem ser pequenos, mas, ao somar todos os itens da lista, a economia pode ser significativa”, afirmou Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.

Qualidade e segurança também contam

Além do preço, é importante observar a qualidade e a segurança dos materiais escolares. Márcio André Brito, presidente do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), reforça a necessidade de verificar se os produtos possuem o selo do Inmetro, atendem aos padrões de segurança e são comprados em estabelecimentos confiáveis.

“Essas medidas ajudam a prevenir possíveis riscos à saúde e à segurança das crianças, bem como de todos os usuários”, alertou Brito.

Em 2024, os brasileiros gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares, o que representou um aumento de 43,7% nos últimos quatro anos. Com a alta prevista para 2025, o planejamento financeiro e a pesquisa de preços ganham ainda mais relevância para as famílias.