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Da tesoura ao ativismo: Carlos Beggo e sua luta pelos bons tratos aos animais em Indaiatuba

Beggo falou sobre sua trajetória e fez um apelo por apoio para a 12ª edição da Caminhada

 Publicado em  23/05/2025 às 09h28  atualizado em 23/05/2025 às 10h03 - Indaiatuba  Pets


Beggo aproveitou o espaço para fazer um apelo por apoio financeiro para a Caminhada

Beggo aproveitou o espaço para fazer um apelo por apoio financeiro para a Caminhada
Foto: Lucas Cardoso/ Mais Expressão

No episódio 18 do Podcast dos 6 Gatinhos, Carlos Roberto Beggo, uma das vozes mais atuantes na proteção animal em Indaiatuba, compartilhou histórias marcantes, opiniões e memórias afetivas que moldaram sua atuação como ativista. Conhecido também por seu trabalho como cabeleireiro, Beggo é o idealizador da tradicional Caminhada pelos Bons Tratos aos Animais, que chega este ano à 12ª edição.

"Se o seu ego tiver inflado, você já é um perdedor. Verdade é fazer de coração. Fazer porque gosta, porque tem apreço", afirmou logo no início da conversa, deixando claro que sua atuação na causa animal está enraizada em princípios e não em vaidades.

Ao relembrar sua experiência como síndico de um condomínio fechado, Beggo demonstrou sua firmeza em prol do bem-estar coletivo. “Aqui é proibido fogos. Eu posso dar até 10 taxas de multa.” Quando um conselheiro desrespeitou a regra durante um jogo de futebol, ele não hesitou: “Você está demitido do meu conselho e vai tomar 10 taxas de multa.” Para ele, a defesa dos animais caminha junto com o respeito às pessoas. “A criança autista que mora ao lado grita quatro horas por causa dos fogos. Não é só o bicho. As pessoas têm que pensar no entorno. Respeitar o vizinho, o filho dele.”

Raízes familiares e valores herdados

Beggo também falou da avó Ana Rita Maciel da Silva Beggo, uma das grandes influências de sua vida. “Ela era brava. Brigava com vizinho por causa de passarinho em gaiola.” Esse olhar atento ao sofrimento animal foi passando de geração em geração. “Quando eu nasci, já tinha um cachorrinho, o Marcelino, que me levava pra escola.”

No episódio, Beggo relatou episódios de confronto em defesa dos animais, inclusive com autoridades religiosas. “Já arrumei encrenca com padre. Ele estava com um labrador, e a forma como estava sendo tratado me indignou. Fui na igreja e falei: 'O senhor não tem noção de ter animal. O senhor vai doar esse bicho.’” O caso foi parar na imprensa local, e, segundo Beggo, o animal foi de fato doado.

Apesar da pluralidade de ONGs e protetores, ele lamenta a falta de união. “Às vezes vejo muito ego inflamado. E a causa é a mesma. Por que o que eu faço é melhor do que o que você faz?” Com olhar crítico, criticou a lentidão da Justiça e a falta de rigor nas punições. “As leis mudaram, mas ainda são muito frouxas. Às vezes o animal volta pra quem agrediu.”

Arte como caminho

Para além da política, Beggo acredita que a arte é a chave para transformação social, especialmente com as novas gerações. “Nossa solução hoje está na arte. Não é essa política sem vergonha. Encaminhar as crianças com arte. Não gosta de bicho? Não tenha. Mas respeite.”

Em tom emocionado e sempre sincero, Beggo refletiu sobre sua trajetória e escolhas. “Eu já soltei fogos, já estive na FAICI. Mas hoje quero menos prego no meu caixão. Quero uma asa nele. Quero me despir dessas coisas.” Com uma mistura de firmeza e afeto, ele encerrou o episódio com uma lição que resume bem sua essência: “A proteção animal faz parte do ciclo do meio ambiente. É necessário pro seu filho, pro seu neto, pro futuro.”

Beggo aproveitou o espaço para fazer um apelo por apoio financeiro: "Estou em busca de patrocínio para a 12ª Caminhada pelos Bons Tratos. Quem puder e quiser ajudar, pode entrar em contato comigo pelo WhatsApp: (19) 99720-5155".

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  • Beggo aproveitou o espaço para fazer um apelo por apoio financeiro para a Caminhada

    Beggo aproveitou o espaço para fazer um apelo por apoio financeiro para a Caminhada
    Foto: Lucas Cardoso/ Mais Expressão

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