Publicado em 01/12/2023 às 09h00 Indaiatuba Educação
Do total de ingressantes em cursos de graduação na rede privada, cerca de 72% optaram pela modalidade à distância
Foto: Divulgação
Bárbara Garcia
Nos últimos quatro anos, o número de cursos de ensino superior à distância cresceu 189% no país, de acordo com o Censo da Educação Superior 2022.
Somente no ano passado, do total de ingressantes em cursos de graduação na rede privada, cerca de 72% optaram pela modalidade à distância. Nos cursos e licenciatura, nessas instituições, esse índice chegou a 94%.
Durante a apresentação do levantamento, o ministro da Educação, Camilo Santana, demonstrou preocupação com a qualidade dos cursos na modalidade EAD e falou do trabalho que passou a ser realizado pela Seres, Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior.
Na rede pública de ensino superior à distância, a média de alunos por professor é 39; já na rede privada, são 171 alunos para cada professor, número bastante alto, o que nos faz questionar sobre a capacidade dos professores em atender tanta demanda assim.
Por que ocorreu a expansão da EAD?
O EAD se tornou mais popular, principalmente, devido à expansão da tecnologia. A internet facilitou o acesso à educação para pessoas que tinham dificuldade de realizar uma graduação presencial, seja por obstáculos na locomoção até a instituição de ensino, seja pelos horários apertados na rotina.
Quanto mais pessoas se formaram em faculdades a distância, mais o mercado de trabalho passou a valorizar esse novo perfil profissional. Afinal, várias habilidades são desenvolvidas ao longo de um curso EAD, como autonomia, gestão de tempo e organização.
Qualidade
Assim, com a valorização do mercado e o aumento da procura, a desconfiança dos estudantes diminuiu em relação a essa modalidade. As pessoas passaram a compreender que o diploma EAD tem a mesma validade que um diploma de curso presencial, além de vir com outras vantagens, como a economia de tempo e de dinheiro e a flexibilidade para estudar quando e onde quiser.
Pandemia
Mesmo com todos esses fatores que ocasionaram a expansão dos cursos EAD no Brasil, foi com a pandemia do novo coronavírus, a partir de 2020, que essa modalidade firmou seu espaço no cenário do ensino superior. Desde então, ficou claro que a educação a distância, sendo de qualidade, é tão eficiente quanto a presencial.
Pelos motivos que já citamos, a procura por graduação EAD tem aumentado a cada ano e, certamente, vai continuar nesse ritmo de crescimento. Em resumo, os pontos que justificam a alta demanda incluem:
facilidade de acesso ao ensino superior, mesmo para quem tem dificuldade de acessibilidade demográfica, ou seja, quem mora muito longe dos centros de ensino presencial;
custos reduzidos, tanto referente à mensalidade da faculdade quanto em relação aos gastos extras com transporte, refeição fora de casa e materiais de estudo;
flexibilidade de horário, ideal para quem tem a rotina atribulada com expediente de trabalho, cuidados com a família etc.;
possibilidade de estudar em qualquer local;
diploma com a mesma validade que o de faculdade presencial;
perfil valorizado pelo mercado de trabalho;
recursos digitais que garantem aulas mais interativas e alunos engajados.
MEC analisa proibir oferta de 16 cursos de ensino a distância
Após consulta pública para coleta de opiniões sobre a possibilidade de proibir a modalidade EaD, o Ministério da Educação analisa proposta de proibir a oferta de cursos de graduação, incluindo Direito, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia, na modalidade de ensino a distância (EaD). A proposta não significa o encerramento de cursos que já tenham sido autorizados na modalidade EaD, mas se aplica exclusivamente para a autorização de novos cursos.
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