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Cresce na cidade pelas redes sociais o golpe da oferta do ‘emprego falso’

Responsáveis apresentam propostas irrecusáveis e exigem pagamento de taxa para segurar

 Publicado em  24/06/2022 às 12h12  Indaiatuba  Cidades


Denise Katahira

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A proposta de emprego chega de forma atrativa. Seja por e-mail, mensagem no WhatsApp ou anúncio nas redes sociais. Fato é que o golpe por emprego falso aumentou no Brasil, especialmente, pós primeira fase da pandemia.

Com a propagação da Covid-19 e a crise econômica houve um aumento no número de desempregados. Hoje já são quase 15 milhões de pessoas em busca de um emprego, que sonham em voltar ao mercado de trabalho com carteira assinada.

E esse cenário se tornou perfeito para golpistas que se aproveitam do desespero e necessidade das pessoas.

"As propostas sempre parecem reais e irrecusáveis em termo de salários e benefícios. A vítima começa a fazer a seleção e, antes de assumir a vaga, é informada pela recrutadora, por meio de mensagens de texto, que precisa efetuar uma transferência pelo Pix no valor de R$ 800,00, por exemplo, como garantia da vaga", explica Afonso Morais, CEO da Morais Advogados Associados e especialista recuperação de crédito e fraudes digitais.

Segundo um levantamento realizado pela PSafe, empresa de segurança em tecnologia, entre setembro e fevereiro de 2022, foram registradas mais de 608 mil tentativas de golpes de falso emprego.

Cuidados

Para não cair neste tipo de golpe, a principal recomendação é ter sempre cautela, principalmente diante de propostas muito boas.

"Somente responda a anúncios de empresas que estão recrutando diretamente ou caso de uma empresa recrutadora que confirme a sua idoneidade, podendo usar o Reclame Aqui ou Serasa. Também pode ser interessante solicitar contrato entre a recrutadora e a empresa que vai contratar", alerta Afonso Morais.

Outros pontos importantes são ver se a vaga realmente existe e que não se deve pagar valores para obtenção de empregos. Lembrando que quem deve pagar pelo recrutamento normalmente é a empresa que vai contratar o empregado.

Tipos variam, mas objetivo é sempre receber informação da vítima

Os golpes mais recentes são as mensagens recebidas pelo WhatsApp onde a pessoa se apresenta como recrutador de uma empresa e oferecem vagas de emprego irrecusável.

A vaga é para o trabalhador que tenha pouca ou nenhuma qualificação, com promessa de flexibilidade de horário, possiblidade de trabalho home office e remuneração que pode ultrapassar R$ 5 mil ao mês. Em alguns casos, a mensagem afirma que a vaga já é do interessado, o que torna o golpe mais atrativo.

Ao aceitar a vaga, a vítima precisará fazer download de algum software. Com isso, os golpistas terão acesso aos aplicativos que guardam informações pessoais, inclusive senhas de contas bancárias.

Outra possibilidade é o fraudador convencer o usuário a fazer um pagamento por transferência bancária ou Pix referente a um exame admissional, curso ou treinamento, mesmo sem ter sido contratado.

Hoje, são muitas as tecnologias que deixam as pessoas vulneráveis a esses tipos de golpes. Um destaque são as redes sociais, afinal, é onde mais facilmente os bandidos conseguem criar identidades falsas para se passar por outras pessoas.

"Por mais que esses golpes se mostrem cada vez mais sofisticados, eles normalmente se aproveitam de falhas ou desatenção das vítimas. Assim, todo o cuidado é pouco na utilização da ferramenta, pois, se ela facilita as transações, também facilita os golpes", alerta o advogado.

Bandidos fazem clonagem de WhatsApp

Um golpe que vem crescendo com o Pix é o da clonagem do WhatsApp. Neste, os golpistas elaboram uma mensagem no WhatsApp informando falsamente que são de empresas com as quais as vítimas têm relacionamentos ou cadastros ativos. A partir disso, é solicitado o código de segurança, enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.

De posse desse código, é replicada a conta de WhatsApp em outro celular. Com isso, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela e pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix.

Para o sócio da Morais Advogados, Afonso Morais, são precisos alguns cuidados para se prevenir dessas situações. "As pessoas devem sempre suspeitar de mensagens pedindo dinheiro, principalmente, quando são urgentes. Dessa forma, antes de qualquer ação busque ter certeza de saber com quem está falando", alerta o advogado.

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