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Como usar a tecnologia a favor da criatividade e do hábito de leitura

Os recursos digitais têm sido plataformas para iniciativas que retomam o velho hábito de ler e acompanhar boas histórias

 Publicado em  15/05/2024 às 09h21  Brasil  Educação


Todo mês, o assinante do Cartas pelo Mundo  recebe uma carta escrita pelo Viajante Rosa

Todo mês, o assinante do Cartas pelo Mundo recebe uma carta escrita pelo Viajante Rosa
Foto: divulgação

Por Flávia Girardi

Em tempos de internet, redes sociais e mensagens rápidas, quase nem lembramos mais que elas existem: as cartas! Mas um projeto inovador está usando justamente este recurso, para incentivar crianças e jovens ao hábito de ler e escrever. 

A intenção é que isso aconteça de forma espontânea, reavivando aquela sensação mágica de receber, em sua casa, uma correspondência endereçada a você. A ideia surgiu meio por acaso, quando os sócios Lorenzo Fioreze e Vicente Pessôa estavam interessados em fundar uma agência de marketing para auxiliar outros negócios. “Durante nossas pesquisas, descobrimos um pequeno nicho até então desconhecido e inexplorado. Decidimos, então, unir o útil ao agradável. Vicente, que já tinha o hábito de escrever cartas e é designer, sugeriu que, antes de oferecer assessoria a outras empresas, deveríamos fundar a nossa própria. Assim nasceu a ‘Cartas pelo Mundo’”, descreve Lorenzo.

O clube de assinaturas é voltado para crianças de 4 anos, estendendo-se até os adultos. A cada mês, uma carta do “Viajante Rosa” com o nome do assinante é enviada, contendo informações sobre a cultura, a história, a culinária e outros detalhes de diversos lugares, como uma verdadeira expedição mundo afora. As cartas ainda apresentam gravuras e fotos, conciliando a beleza das palavras à beleza dos desenhos, das cidades e dos monumentos.

“Nossa abordagem, inspirada no modelo da Pixar para contar histórias infantis, como exemplificado em 'Shrek', inclui piadas compreensíveis apenas por adultos ou adolescentes, sem comprometer a qualidade ou o cuidado necessário para o público infantil. Para conseguir realizar isso, é necessário ser um escritor de alto nível, algo que o Vicente, que é poeta, é. Uma vez que a criança possa ler ou ouvir histórias sem depender exclusivamente de artes visuais elaborada, embora nossas cartas contenham ilustrações, selos e diversos elementos visuais, ela estará apta a engajar-se com nosso conteúdo”, exemplifica Lorenzo.

Uma estratégia, que usa do interesse mágico pelas histórias, para criar esse hábito da leitura. “Ninguém fica indiferente a uma carta. Se você disser, filho, tem uma carta para você, ele vai se concentrar e querer saber tudo o que será dito para ele. Então, a carta em si já provoca a faísca necessária para a criança ter interesse”.  

E se o projeto incentiva a leitura, em breve, também vai ser um recurso para trabalhar a escrita, uma vez que a intenção é que os assinantes possam trocar cartas entre si. “Vamos lançar um material para que as crianças escrevam e enviem cartas”, conclui Lorenzo.

Outra iniciativa que vem incentivando o hábito da leitura são os mini livros digitais. Lançado por Luiza Del Monaco e Thereza Castro, o novo formato atrai o público jovem e apresenta média de leitura acima de 60%. Nele, várias obras originais são disponibilizadas em um formato de leitura diária de 15 minutos. 

Segundo Luiza, a proposta do livro mais curto é atrair o leitor que quer ler e desenvolver o hábito de leitura, mas não possui muito tempo e, às vezes, nem paciência. Boa parte desse público é composta por jovens, que vivem conectados, com um celular nas mãos. 

A editora possui mais de 700 títulos disponíveis e pretende trazer novas obras para o projeto de mini livros ao longo de 2024. 

Thereza, de olho na inovação, explica que o mini livro é um formato novo que surge em tempos de mudanças no hábito de consumo da informação e do conhecimento. “Manter a consistência no hábito de leitura é extremamente importante para o desenvolvimento pessoal, amplitude de conhecimento e proteção cognitiva, o que se reforça especialmente para a nova geração que já nasceu aprendendo a consumir tudo a partir das telas dos celulares e onde encontram muitos outros atrativos. Os mini livros chegaram para agregar valor nesses espaços e para esse público também”. 

Outro objetivo do projeto é promover a leitura em pequenas pausas ao longo do dia. “Como os livros seriados foram idealizados com objetivo de encaixar a leitura de volta na rotina das pessoas, adaptamos também os conteúdos para outras mídias e plataformas, trazendo mais possibilidades de acesso e versatilidade de consumo”, explica Luiza. 

Seja para ler a caminho de um compromisso, no transporte público ou no restaurante, os mini livros vêm separados em partes menores e mais “mastigadas” para leitura e contam sempre com opção de áudio, promovendo ainda mais acessibilidade aos conteúdos que podem ser consumidos a partir dos smartphones, versatilizando o formato de acordo com a realidade das pessoas. “Os livros agora podem ser consumidos de várias maneiras, deixando para que o leitor escolha, segundo sua preferência e disponibilidade. Esse movimento deve impactar positivamente o mercado, como vemos nas projeções de algumas grandes entidades”, destaca Thereza.

Os mini livros podem ser acessados pelo app de livros digitais Skeelo.  Já o projeto Cartas pelo Mundo pode ser acessado pelo site www.cartasdomundo.com.br

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