Publicado em 19/11/2021 às 09h31 Indaiatuba Economia
Bárbara Garcia
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Nenhum produto se tornou mais caro em 2021 do que os combustíveis. A Petrobrás anunciou no fim de outubro um reajuste nos preços, que foram aplicados a partir do dia 26. O aumento foi de 7,04% para a gasolina e 9,15% para o diesel. No acumulado do ano, a gasolina subiu de 73%. O levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP), apontou que o preço do litro da gasolina nos postos já passa dos 7 reais.
Uma reportagem publicada em agosto deste ano pelo Jornal Mais Expressão mostrou que já naquele mês, Indaiatuba tinha a gasolina mais cara da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
O aumento nos derivados do petróleo, contabilizando este último como a sexta semana consecutiva de alta, faz com que cresça a procura do etanol como alternativa, o que também termina por elevar o preço do álcool. A inflação dos combustíveis tem relação com a alta do dólar e consequente desvalorização do real. O que aumenta a desvalorização da moeda são as incertezas dos investidores com relação à política econômica do atual governo.
A composição do preço final abrange alguns fatores: no caso da gasolina, 33,6% do valor vai para a Petrobrás, 27,6% diz respeito ao imposto ICMS, 16,9% da adição de compostos biodegradáveis, como o etanol anidro, 11,5% de demais impostos como PIS, Cofins, e 10,4% para a distribuição e revenda, de acordo com dados da Petrobrás, publicados no portal de notícias G1.
Peso no bolso
A alta de preços já começou a pesar no bolso dos indaiatubanos: de acordo com o médico José Pedroso Neto, há quatro meses atrás ele conseguia encher o tanque com no máximo R$180. Hoje, está custando R$ 260, um acúmulo de 45% neste curto período.
Já para a psicóloga Josiane Vanessa, que costuma usar Uber para transporte, o aumento de uma mesma corrida chegou a dez reais. Há também os que preferiram aderir ao transporte público, como ocorreu com Cléber Limeira, que tem deixado o Fusca em casa.
Para o professor de inglês Claudio Corrêa, que costuma abastecer o carro sempre em um posto pequeno, em 2020, conseguia abastecer o carro com R$ 150 de gasolina. Hoje, o tanque custa R$ 250. E mais ainda, ele anotou os preços, mês a mês: em outubro de 2019, o litro de gasolina custava R$ 4,70; caiu um pouco e voltou para o mesmo valor em dezembro de 2020. O preço agora em novembro já passou de R$ 6.
Além da alta do dólar e das crises políticas que causam incertezas para os investidores, ainda temos um fator adicional. Depois do choque causado pela pandemia, a economia tende a crescer nos próximos meses, o que consequentemente faz aumentar a demanda por petróleo, o que deixa os preços cada vez maiores.
No acumulado do ano, a gasolina já aumentou 73%. Nenhum produto encareceu mais desde o começo de 2021.
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