Publicado em 18/07/2012 às 14h24 Paulínia Cultura e lazer
O Teatro GT traz de volta para o interior do Estado de São Paulo, um dos espetáculos mais premiados de todos os tempos. Cabaret tem a atriz Cláudia Raia como sua principal estrela. Miguel Falabella assina a versão brasileira do musical, que tem direção de José Possi Neto e produção geral de Sandro Chaim. O musical fará novas apresentações, após o sucesso da primeira temporada na região com todas as sessões com ingressos esgotados, no Theatro Municipal de Paulínia, de 9 a 12 de agosto.
Encenado pela primeira vez há exatos 45 anos, com texto de Joe Masteroff, música de John Kander e letras de Fred Ebb, Cabaret se tornou um dos musicais de maior sucesso de todos os tempos – não só por sua poderosa equipe de criação, mas também por ter sido uma das mais felizes transposições já realizadas do palco para as telas.
Se a montagem de Harold Prince para a Broadway conquistou oito prêmios Tony, o filme de Bob Fosse não ficou atrás: levou o mesmo número de estatuetas no Oscar e, de quebra, consagrou Liza Minnelli no papel da cantora Sally Bowles. Interpretar a personagem sempre foi um sonho acalentado por Claudia Raia, que agora terá a oportunidade de finalmente realizá-lo.
Dono de larga experiência na viabilização de dezenas de musicais, como os recentes A Gaiola das Loucas e Hairspray, Sandro Chaim é parceiro de Claudia na empreitada e assina à produção geral de Cabaret, cujos créditos incluem ainda direção musical e vocal do maestro Marconi Araújo, coreografia de Alonso Barros (de volta ao Brasil depois de uma temporada de 23 anos na Áustria), cenários de Chris Aizner e Renato Theobaldo, figurinos de Fábio Namatame e iluminação de Paulo César Medeiros. Sob o comando de Possi, eles preparam o ambiente para receber o elenco de 21 atores e uma orquestra de 14 músicos, regida em cena pela maestrina Beatriz de Luca.
“Estou cercada de profissionais fantásticos que admiro muito. O Chaim é muito corajoso, vai atrás daquilo que quer fazer. Sempre quis trabalhar com o Possi, que tem uma sofisticação, um bom gosto e um conhecimento da linguagem dos musicais como poucos. O Alonso eu conheço desde o começo da minha carreira, em A Chorus Line, e é um dos melhores profissionais com quem já trabalhei. Os arranjos e o trabalho de vocalização feitos pelo Marconi estão impecáveis”, desmancha-se a atriz.
Ela nunca cogitou outro nome que não o do ator, produtor, dramaturgo e grande amigo Miguel Falabella para fazer a versão das músicas e do texto. “Tinha certeza de que seria o Miguel. Nós temos um amor comum por este musical e dentre todas as adaptações maravilhosas dele, esta é a melhor”, garante.
Ambientada no Kit Kat Club, uma decadente casa noturna em Berlim, em 1931, a trama, baseada no livro de Christopher Isherwood, gira em torno do relacionamento da inglesa Sally com o escritor americano Cliff Bradshaw, encarnado pelo jovem ator Guilherme Magon, de apenas 25 anos. Paralelamente ao romance entre os personagens principais há ainda a relação entre uma alemã tolerante, Fräulein Schneider (vivida pela atriz Liane Maya), e um judeu, Herr Schultz (Marcos Tumura, protagonista de diversos musicais, entre eles Les Miserables e Miss Saigon).
“O que me fascina em Cabaret é que a sua trama tem um peso. Na maioria dos musicais, as histórias normalmente são leves. Aqui, não. Ela é densa, retrata seres mundanos da noite num momento em que a raça humana estava à beira do abismo. O enredo é situado historicamente numa Alemanha transformada pela ascensão do Partido Nacional Socialista, onde judeus e minorias são acossados e o mundo vive a tensão de uma iminente Segunda Guerra Mundial”, analisa Possi.
A versão cinematográfica, onde a personagem de Liza Minnelli é uma desvairada cantora de cabaré, é mais leve do que a do texto original, que a retrata como uma cativante, porém traiçoeira, prostituta em fim de carreira.
“A Claudia vai fazer uma Sally mais madura, sofrida, sem os arroubos da juventude. Uma mulher que não tem tanto tempo assim pela frente”, adianta Falabella. “Ela é extremamente paradoxal. É adorável, mas ao mesmo tempo também é alcoólatra e histérica. Fora dos holofotes, a vida dela é um desastre absoluto e ela precisa usar de suas artimanhas para sobreviver. Ela não é bipolar, é tripolar”, completa a atriz.
As duas versões também se diferem no tratamento dado ao Mestre de Cerimônias, que tem uma participação mais destacada na escrita para o teatro. Vivido na telona e no musical da Broadway pelo ator Joel Grey, cujas incontestáveis atuações o levaram a receber duplamente o Tony e o Oscar, o papel agora será representado por Jarbas Homem de Mello, um nome recorrente nos musicais produzidos nos últimos dez anos.
A versão original de Cabaret, de 1966, foi escrita pelo dramaturgo Joe Masteroff, que se baseou na peça Eu Sou uma Câmera, de John Van Druten, inspirada, por sua vez, no livro Adeus, Berlim, de Christopher Isherwood. Com músicas de John Kander e Fred Ebb – uma das principais duplas de compositores de musicais da história, donos de sucessos como Chicago e Beijo da Mulher Aranha, entre outros –, o espetáculo teve 1.165 apresentações na Broadway e depois recebeu uma versão londrina, onde a protagonista era interpretada por ninguém menos que Dame Judi Dench.
“Assisti ao espetáculo em diversas oportunidades, em Londres, Nova Iorque, Buenos Aires... O filme, eu vi umas 30 vezes”, conta Claudia, que no último ano evitou assistir ao longa de Bob Fosse para não se influenciar na hora de compor a personagem. “É impossível fugir totalmente das referências, mas acredito que a Sally que construí tem a minha assinatura, é a minha Sally”, compara.
A primeira e única produção nacional do musical foi realizada em 1989. Claudia foi convidada na ocasião pelo diretor Jorge Takla para interpretar a protagonista, mas se viu obrigada a declinar por estar comprometida com uma novela. A vaga terminou ocupada por Beth Goulart e o Mestre de Cerimônias foi vivido por Diogo Vilela. Desde então, interpretar Sally Bowles virou uma espécie de obsessão para ela.
“Dizem que os personagens também caçam seus intérpretes. Foram anos de perseguição recíproca e algumas oportunidades se desenharam, mas os direitos estavam sempre com alguém. No ano passado, quando eles foram liberados, eu e o Sandro Chaim corremos para adquiri-los”, lembra Claudia.
Tamanha perseverança deverá se refletir no esmero da produção. A iluminação de Medeiros, os 150 figurinos luxuosos de Namatame e o cenário de Chris Aizner e Renato Theobaldo – que ocuparão um setor da plateia com 11 mesas destinadas ao público – foram desenhados meticulosamente para fazer com que todos se sintam dentro de um cabaré de fato.
“Quero que o público se sinta como se estivesse observando o universo fascinante do cabaré pelo buraco da fechadura”, diz Possi.
Serviço:
Paulínia:
09 a 12/Agosto
Quinta: 21hs
Sexta: 21hs
Sábado: 21:30hs
Domingo: 18hs
Theatro Municipal de Paulínia
End: Av. José Lozano Araújo, 1551 – Pq Brasil 500
Informações: (19) 3933-2140 – www.teatrogt.com.br
Vendas:
Bilheteria do Theatro de Paulínia – Segunda a Sábado das 13h às 19h
Fone: 3933-2140
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Valores:
Plateia Baixa Central: R$140,00 inteira /R$ 70,00 meia entrada
Plateia Baixa lateral Impar: R$140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Plateia Baixa lateral Par: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Plateia Alta Central: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
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Plateia Alta lateral Par: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Camarote 1: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Camarote 2: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Camarote 3: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Camarote 4: R$ 140,00 inteira | R$ 70,00 meia entrada
Balcão Lateral Impar Térreo: R$100,00 inteira | R$ 50,00 meia entrada
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Regras para Meia-Entrada:
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