Publicado em 25/02/2022 às 15h28 Brasil Saúde
Hellica Miranda
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Mesmo antes de sua estreia na televisão, todo ano o Big Brother Brasil chama atenção com discussões sobre temáticas polêmicas. Foi esse o caso de Linn da Quebrada, participante do grupo “Camarote” na edição deste ano: a cantora, que é travesti, relembrou, em conversa com outras participantes, quando enfrentou um tumor no testículo, em 2014. Sua fala e o aumento da discussão acerca do tema nas redes sociais respaldam a necessidade de se falar mais sobre o assunto.
O fato é que, apesar de considerado raro, representando apenas 5% dos indivíduos do sexo masculino afetados por câncer, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de testículo preocupa por justamente atingir homens em sua idade mais produtiva: dos 15 e os 50 anos.
Assim como outros tumores, a melhor estratégia para combater este tipo de câncer é a detecção precoce, possível através do autoexame e da identificação dos principais sintomas, que são o aumento de tamanho, forma ou textura do testículo, bem como o aparecimento de um pequeno nódulo duro e indolor e a possível presença de sangue na urina.
De acordo com o doutor Pedro Ricardo Fernandes, cirurgião oncológico, os principais fatores de risco são a hereditariedade, história prévia de câncer no outro testículo, testículo que ficou muito tempo dentro do abdômen e não desceu para a bolsa escrotal na infância (fator conhecido como “criptorquidia”) e exposição prolongada a produtos químicos tóxicos.
Diagnóstico inicial
O diagnóstico inicial, ressalta o médico, é realizado com exame físico e exames complementares, como ultrassonografia da bolsa escrotal e exames de sangue com dosagens de marcadores tumorais.
“O primeiro tratamento é cirúrgico, normalmente, com a remoção total do testículo, se houver evidência pré-operatória suficiente de câncer testicular, ou apenas uma pequena biópsia, caso seja um nódulo pequeno e com os marcadores tumorais do sangue normais”, salienta o cirurgião Pedro Ricardo, acrescentando que “um estudo onco-radiológico amplo do abdômen e do tórax deve ser realizado sempre, para se determinar se existe sinal de disseminação do câncer (metástase)”.
O médico afirma que, dos pacientes de sexo masculino acometidos por cânceres, uma pequena minoria tem casos de câncer de testículo e destaca que, quando diagnosticado precocemente, tem até 95% de chances de cura por responder bem aos tratamentos padrão.
Participante do BBB levou três anos para curar
Em 2014, a atriz e cantora Linn da Quebrada foi diagnosticada com um tumor no testículo, um tipo relativamente raro de câncer. Para a participante do BBB, o tratamento durou três anos até que fosse considerada curada.
“O câncer foi o momento que eu mais me aproximei do meu corpo, que eu entendi que as minhas fragilidades podiam ser potência, ser força”, comentou a artista, de 31 anos. (HM).
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