Publicado em 11/06/2025 às 19h00 Indaiatuba Cultura e lazer
Leonora deseja conhecer o mundo além do que lhe foi designado
Foto: Lucas Cardoso/ Mais Expressão
O episódio 20 do podcast “Os 6 Gatinhos”, do Grupo Mais Expressão, recebe uma convidada para lá de especial: Patrícia Paes que é artista plástica, escritora, mestre de cerimônias, podcaster, compositora e mãe da Iara. Com sensibilidade e intensidade, ela compartilha sua trajetória pessoal e criativa, entrelaçando arte, maternidade, literatura infantil e as transformações que nascem da coragem de seguir a própria jornada.
O ponto de partida da conversa é o recém-lançado livro infantil “Leonora: a lesma que não é a mesma”, recém lançado pela editora Asinha, que conta a história de uma lesminha nada comum, colorida, brilhante e com espírito de exploradora. Leonora deseja conhecer o mundo além do que lhe foi designado, enfrentando os medos, os julgamentos e as vozes, tanto externas quanto internas, que insistem em dizer que ela não deveria ir.
“A Leonora sou eu”, afirma Patrícia, ao revelar que a obra tem um caráter autobiográfico. Criada de forma protegida em uma cidade pequena, ela precisou desafiar limitações impostas desde a infância e romper com conceitos como “isso não é pra você” ou “você não vai conseguir”. Para a autora, esse rompimento é essencial para a transformação: “A experiência transforma a gente. Senão a gente vive numa bolha, imaginando como o mundo é, sem de fato saber.”
Ao longo do episódio, Patrícia revela como a maternidade também molda sua arte. A pequena Iara, sua filha de seis anos, participa ativamente do processo criativo. Um exemplo marcante é uma observação feita pela menina durante a leitura da primeira versão do livro: “Mãe, a Leonora não deixou um bilhete pra mãe dela quando saiu de casa” A frase virou verso e foi incorporada à história, reforçando o valor dos vínculos afetivos mesmo diante do desejo de autonomia. “É importante avisar que a gente vai, mostrar que se importa, que considera”, explica a autora.
A conexão entre mãe e filha é profunda e começa desde os primeiros anos. Patrícia compartilha que, ainda durante a amamentação, usava sons e músicas para se comunicar com Iara, criando uma ligação musical e emocional que permanece até hoje. “Ela é muito musical. E essa nossa conexão com o criar é muito forte”, diz.
Atualmente morando em Paraty, Patrícia conta como a cidade a inspira profundamente com suas cores, natureza e energia artística. “As cores da Mata Atlântica me engoliram. Eu me conecto com aquela intensidade porque é como eu sou por dentro.” É em Paraty que ela desenvolve suas criações visuais: pinturas em porcelanas antigas garimpadas, quadros, bandeiras e retratos de família feitos sob encomenda. Suas obras integram um coletivo feminino de arte local, onde expõe e vende seus trabalhos.
A artista também reflete sobre a importância da contemplação e do silêncio. Ela relembra uma orientação que recebeu de um médico: “Você contempla?”. A pergunta, simples e profunda, a levou a incorporar pequenos momentos de pausa no dia a dia para observar a natureza, ouvir os pássaros, estar presente. “Foi transformador”, conta.
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