Autônomo morre em rodovia após sair de festa

Ele teve a motocicletas atropelada por um veículo

Publicado em 15/08/2014 às 14h38 Indaiatuba Polícia

O autônomo Alencar Nogueira Trevisanuto, de 31 anos, morreu na madrugada de sábado, dia 9, em um acidente de moto na Rodovia Santos Dumont (SP-75). Trevisanuto voltava para casa depois de se divertir em uma festa, quando um veículo bateu em sua traseira. O motorista do carro fugiu sem prestar socorro.

De acordo com os policiais rodoviários que conduziram a ocorrência, a Unidade de Resgate da Rodovia das Colinas, concessionária que administra a rodovia, foi quem visualizou o acidente, durante patrulhamento de rotina. Ao visualizarem o corpo da vítima, os socorristas foram até o local prestar socorro, porém o médico Flávio Araújo constatou que Trevisanuto já havia entrado em óbito.

Os socorristas informaram também que um homem que passava pela rodovia, em uma Saveiro, viu a moto da vítima, que estava a 300 metros do local do acidente, e a colocou em sua carroceria. Um funcionário da concessionária percebeu a ação e perseguiu o motorista por cerca de 2 quilômetros. Indagado, o condutor disse que iria vender as peças da moto. Ao ser notificado, o homem devolveu a motocicleta, que foi novamente levada para o local do acidente.

Após todos os procedimentos, Trevisanuto foi encaminhado para os serviços funerários.

Comoção

A morte do autônomo causou comoção entre amigos e familiares. A reportagem do Mais Expressão entrou em contato com o estudante Douglas Rodrigues, de 21 anos, um dos últimos a estar com a vítima. “É inacreditável o que aconteceu, pois horas antes do acidente eu estava com ele na festa. Era um cara incrível, alegre, aonde chegava fazia amizade muito rápido, pois era muito divertido”, disse.

O estudante também explicou que Trevisanuto raramente ia a festas de moto, pois gostava de beber. “Ele geralmente ia de carona com algum amigo, pra poder beber. Na noite do acidente eu perguntei se ele não ia beber e ele disse que não, pois tinha vindo de moto”, conta. “A gente se conhecia há um tempão. Lembro que fomos contratados no mesmo dia e ficamos amigos, pois os dois eram novos na empresa. Fomos demitidos no mesmo dia também e nos matriculamos juntos na faculdade, só pra cair na mesma sala. É um amigo que deixará muita saudade.”

De acordo com Rodrigues, o velório aconteceu no domingo, dia 10, e o clima era de tristeza e revolta. “O irmão dele disse-me que ele ficou muito machucado, tanto que o corpo demorou a chegar ao cemitério. Ficamos tristes por que o homem que provocou o acidente fugiu sem prestar socorro. Para completar, um homem ainda tentou levar a moto dele, alegando que não viu o corpo”, lamenta Rodrigues. “Foi um momento muito triste e com muita indignação. É duro enterrar um amigo, ainda mais de uma forma tão trágica.”

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