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Através do POEAO, Unicamp inicia estudo inovador no Quartel

O POEAO assinou neste mês um convênio com o Reitor da Unicamp, Prof. Doutor Marcelo Knobel para levantamentos sofisticados do prédio, tombado pelo Condephaat em 2003

 Publicado em  14/12/2020 às 10h32  Itu  Cidades


Em parceria com o Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios (POEAO) de Itu, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) começou um estudo arquitetônico inovador do antigo Colégio São Luís, atual 2º Grupo de Artilharia de Campanha Leve - Regimento Deodoro, comandado pelo Tenente Coronel Clayton Ricardo Pontes.

O POEAO assinou neste mês um convênio com o Reitor da Unicamp, Prof. Doutor Marcelo Knobel para levantamentos sofisticados do prédio, tombado pelo Condephaat em 2003, e  construído entre 1869 e 1904.

Para início dos trabalhos, esteve em Itu na sexta-feira, 11, a Arquiteta Professora Doutora Eloisa Dezen-Kempter, Coordenadora do curso de Engenharia de Transporte do Campus de Limeira, com sua equipe: o mestrando Osvaldo Celos Rodrigues e a aluna do curso de Tecnologia em Construção de Edifícios, Juliana Marconde Oliveira.

Através de equipamentos modernos e sofisticados como drones, laser scanner, aparelho de fotogrametria, bem como de seus laboratórios de informática de última geração, haverá a modelagem em 3 dimensões da edificação histórica usando a tecnologia Historical Building Information Modelling – HBIM.

“O objetivo é alimentar o banco de dados para identificar as patologias do prédio. O desenvolvimento de um sistema que identifica patologias é inovador, pois no Brasil nós ainda nem temos nomenclatura especificas, seguimos as normas internacionais”, explica Eloisa. “Para a universidade, essas parcerias público-privadas são muito importantes, para que nossa pesquisa seja revertida para a sociedade”, conclui.

O levantamento de dados, que terá também a cooperação dos alunos do POEAO de Itu, servirá para estabelecer os parâmetros técnicos visando uma futura restauração da edificação histórica construída, atualmente sede do Quartel.

“O sucesso dessa inciativa só foi possível graças a um Acordo de Cooperação assinado em 2016 entre o Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios de Itu e o Estado Maior do Exército Brasileiro”, destaca o coordenador do POEAO, o engenheiro Raul de Souza Almeida. “A nós caberá a responsabilidade de captar recursos para arcar com os custos das bolsas auxílio e refeições de nossos aprendizes e de toda equipe. Para isso, buscamos parceria com empresas para doação de parte de seus impostos através do Programa ProAC/ICMS.” E conclui: “O Projeto Oficina Escola de Itu se solidifica como modelo de valorização do patrimônio histórico cultural de Itu e de inserção social e laboral de jovens e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.”

Também faz parte do mencionado projeto o Senai/SP, no escopo do convênio “Programa Comunitário de Formação Profissional” destinado a formação dos atendidos dos Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios de Itu. Graças ao apoio financeiro e estratégico do CONDECA/Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Projeto Oficina Escola de Itu está operando com sua plena capacidade.

Ouro Preto e as origens do Projeto Oficina Escola

A filosofia do Projeto nasceu em Ouro Preto/MG com o restaurador mineiro Jair Afonso Inácio (1932-1982). Sua mãe ficou viúva quando ele tinha apenas 3 anos. Logo cedo começou a trabalhar como engraxate e auxiliar de sapateiro.  Aos 14 anos iniciava suas atividades como ajudante de restauro em Ouro Preto.

Seu talento foi descoberto por dois ilustres visitantes daquela histórica cidade mineira: Germain Bazin, então curador do Museu do Louvre, e Rodrigo de Mello Franco presidente do SPHAN, hoje IPHAN. Em reconhecimento ao talento do jovem, ambos assumiram a responsabilidade de seus estudos. Após a conclusão do ensino médio por Jair Afonso, conseguiram para o jovem uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller possibilitando a ele realizar seus estudos de restauração no Instituto Real do Patrimônio Belga, em Bruxelas.

Em 1971, Jair Inácio cria o primeiro curso regular de formação de técnicos restauradores, na Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP, no qual o Projeto de Itu inspira-se.

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