Publicado em 30/01/2025 às 13h48 atualizado em 30/01/2025 às 13h52 - Monte Mor Arquitetura e Construção
Além de contribuir para a preservação ambiental, o projeto oferece lazer e cultura
Foto: Divulgação
Por Flávia Girardi
O concurso Arquitetura GREAT, que premia talentos da América Latina ao explorar a conexão entre a arquitetura britânica e soluções criativas locais, revelou os vencedores no dia 12 de janeiro. Entre eles, está Nathália Ferreira Bussioli, arquiteta de Monte Mor, que conquistou o primeiro lugar ao lado de uma estudante mexicana, com um projeto inovador que une sustentabilidade, cultura e urbanismo.
A competição desafiou profissionais e estudantes a recriar obras de arquitetos renomados, como Norman Foster, Zaha Hadid e Thomas Heatherwick, adaptando-as ao contexto regional. Como prêmio, a vencedora brasileira terá a oportunidade de viajar ao Reino Unido para visitar marcos icônicos da arquitetura britânica e alguns dos escritórios mais renomados do mundo.
Projeto com inspiração britânica e identidade local
O projeto vencedor, um Centro Cultural planejado para Monte Mor, busca valorizar as origens indígenas da região por meio de uma arquitetura inovadora. A inspiração para a estrutura veio do Pavilhão do Reino Unido na Expo Xangai 2010, criado por Thomas Heatherwick. “O que me fascina não é apenas como o edifício se apresenta, mas também a maneira autêutica com que Heatherwick reproduz a arquitetura em suas obras, muitas vezes profundamente contemplativas”, explica Nathália.
A proposta do centro cultural prevê sua implementação em um bolsão de contenção às margens do rio Capivari, uma área que sofre com enchentes sazonais. “Sem dúvida, um dos problemas mais graves e emblemáticos que enfrentamos em nossa cidade são as áreas afetadas pelas chuvas. Acredito que essa proposta possa oferecer uma solução viável para amenizar esse desafio”, ressalta.
Sustentabilidade e interação com o meio ambiente
A proposta prevê que o centro cultural seja acessado por barco e por uma passarela flutuante, criando uma interação harmoniosa entre a construção e o ambiente natural. O design fluido da estrutura foi inspirado nos capins-d’água, vegetação típica da região.
Os materiais sugeridos incluem bambu, decks suspensos sobre a água e fundações em palafitas, soluções que garantem adaptação aos terrenos sujeitos a alagamentos. “Por enquanto, o projeto segue apenas no papel, mas quem sabe um dia poderemos vê-lo concretizado”, comenta a arquiteta, esperançosa com a possibilidade de implementação da ideia.
Impacto e esperanças para o futuro
Além de contribuir para a preservação ambiental, o projeto busca oferecer um espaço de lazer e cultura para a população local. “Seria incrível ver esse projeto realizado em nossa cidade, pois, de fato, não temos nenhum espaço semelhante. Certamente integraria a população e atrairia visitantes de outras localidades”, destaca a arquiteta.
Nathália também compartilha uma mensagem de inspiração para futuros profissionais: “Acredito que nós, jovens e nem tão jovens, podemos pensar de forma diferente e buscar o melhor, mesmo quando a realidade parece distante. Nunca podemos parar de acreditar e devemos lutar por isso. Se todos fizessem bem feito o que fazem, muita coisa mudaria”.
Galeria de mídia desta notícia
Conheça o Guia Expressão e crie sua página na Internet. Baixo investimento e alto poder de conversão.
Clique aqui e solicite!
O Troféu Frutos de Indaiá tem o significado de sucesso e vitória. Uma premiação pelo esforço contínuo e coletivo em direção à excelência.
Confira como foi o Frutos de Indaiá 2022.