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Apesar do alto custo, número de adeptos de hipismo aumenta no Brasil

Ao longo dos anos, o país se tornou um dos favoritos na modalidade

 Publicado em  21/08/2013 às 14h40  Brasil  Esportes


 

Apesar de considerado por muitos um esporte de alto custo, o hipismo ganha cada vez mais adeptos. É uma atividade que merece certa atenção e uma disponibilidade de custo um pouco maior se comparada com outras. Para montar é preciso pagar o instrutor, ter uniforme que envolve bota e capacete, equipamentos como cela, rédeas, além do custo com o cavalo, o que acaba encarecendo o esporte. Para manter o animal gasta-se com um tratador, com a alimentação que deve ser paga mensalmente, com a estabulagem e o veterinário.

 

A montaria é um dos esportes mais antigos praticado nas olimpíadas. Porém, no Brasil, só começou a se consolidar como esporte no século XIX, através da fundação da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). A instituição é responsável pela regulamentação, coordenação, promoção e fomento das oito modalidades praticadas no Brasil, além da realização de campeonatos, pela captação e administração de verbas junto a órgãos governamentais e o Comitê Olímpico Brasileiro e pela formação das delegações que representam o país nas competições internacionais.

Existem ao todo oito modalidades dentro do hipismo: adestramento, enduro, rédeas, atrelagem, volteio, CCE – concurso completo de equitação, como se fosse um triatlo equestre que consiste na realização de três provas -, paraequestre e salto. A modalidade paraequestre é praticada por pessoas portadoras de necessidades especiais e a única presente no programa paraolímpico. Já o Salto, modalidade mais conhecida e com o maior número de praticantes, consiste em percorrer determinado trajeto derrubando o menor número possível de obstáculos ou somar mais pontos em menos tempo.

A visibilidade no país

Os eventos que o país tem e vão sediar contribuem para a maior visibilidade do esporte, como Pan Americanos e Olimpíadas, poucos exemplos de competições que incluem esportes equestres. O Rio de Janeiro tem recebido anualmente o Athinas Onassis International Horse Show, no qual todos os melhores cavaleiros do mundo estão presentes.

Apesar de nem sempre ter sido um dos competidores principais no esporte como a Holanda, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Bélgica, com o passar dos tempos, os brasileiros foram ganhando maior espaço e reconhecimento no setor. Historicamente reconhecido, Nelson Pessoa foi um dos responsáveis por levar o Brasil à conquista da sua primeira medalha olímpica em Atlanta (1996), assim como Álvaro Affonso Neto, André Johannpeter, Luis Felipe de Azevedo e Rodrigo Pessoa, seu filho.

Mediante ao crescimento da procura pelo esporte, muitos locais de treinamento e montaria surgiram no Brasil. Nas cidades do interior é onde existe a maior possibilidade de encontrar haras e sítios que ofereçam essa prática, uma vez que possuem um ambiente maior para a criação dos cavalos. Entretanto, é possível praticar em grandes centros urbanos também. No Rio de Janeiro, por exemplo, pode-se ter aula a partir dos oito anos de idade, no Hipódromo da Gávea, onde está situada a Escola de Equitação da Sociedade Hípica Brasileira (SHB), e em outros lugares, como o Clube Marapendi, na Barra da Tijuca.

Um esporte de conjunto

Durante a prática do esporte, é criada uma relação de confiança entre o atleta e o cavalo. Essa relação foi estudada e deu abordagem para a criação do projeto de equoterapia. Foi criada a Associação Nacional de Equoterapia, há mais de vinte anos, sem fins lucrativos. Com sede em Brasília, é uma entidade civil de caráter filantrópico e terapêutico. A técnica é voltada para pessoas deficientes ou com necessidades especiais e seu principal objetivo é reabilitar e cooperar para a inserção social dessas pessoas.

Mayara Secco, 19 anos, é estudante de medicina e começou a praticar hipismo com apenas oito anos, na escola de equitação que tinha no Colégio Militar a Tijuca. Apesar de atualmente só praticar por lazer, Mayara chegou a competir na categoria de salto e conquistou o título de vice-campeã da temporada hípica da Academia Militar das Agulhas Negras em 2011, na categoria 1,00m.

 

O hipismo é um dos poucos esportes que o atleta e o animal formam um conjunto. A importância de cada um é quase a mesma, já que o observado é a relação entre os dois. Possui também uma característica rara em esportes: os homens e mulheres competem uns contra os outros. Mayara e o irmão tinham seu próprio cavalo e revezavam os treinos com o animal. Para a cavaleira é bom praticar com o mesmo animal, para desenvolver mais confiança, assim como pode ser interessante montar cavalos diferentes. “Cada cavalo tem um jeito. Quando você monta mais de um consegue lidar melhor com as diferenças e desafios, e se adapta a cavalos com diversas personalidades”, explica ela.

O alto custo ainda é uma dificuldade

Classes com menor poder monetário também podem aprender e praticar a atividade, porém com certas limitações. “Se quiser evoluir no esporte, vai ter gastos muito elevados, pois a partir de certo ponto é praticamente necessário que você tenha um cavalo, além das competições e gastos envolvidos (caminhão de transporte, inscrição) que são muito elevados. No hipismo, mesmo tendo muito talento, um empresário não vai te financiar, salvo exceções e cavaleiros de nível internacional”, afirma Mayara. “Sem dinheiro você fica limitado a um nível amador”, conclui a estudante.

 

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