Publicado em 26/06/2025 às 13h11 Indaiatuba Economia
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A possível compensação da nova faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil tem gerado preocupação entre representantes do setor produtivo. Embora a medida seja considerada positiva para os trabalhadores, a ideia de financiar esse benefício com um aumento da carga tributária sobre pessoas jurídicas, especialmente empresas da economia real e do setor financeiro, é vista como um risco para a economia brasileira.
Segundo especialistas, a proposta vai na contramão do que praticam as principais economias do mundo, que têm simplificado seus sistemas tributários para estimular a produção, o investimento e o crescimento sustentável. No Brasil, no entanto, há receio de que os custos da chamada “justiça fiscal” sejam transferidos justamente para aqueles que geram empregos e movimentam a economia.
Essa medida desestimula investimentos, enfraquece a confiança dos empresários e afasta capitais, o que pode agravar ainda mais o cenário econômico. O alerta é especialmente relevante em um contexto internacional de instabilidade geopolítica e aumento de barreiras comerciais, como as tarifas de importação nos Estados Unidos.
Outro ponto de atenção é a competitividade do Brasil no mercado global. O país já lida com uma alta carga tributária e tem um nível de competitividade considerado baixo. A criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com alíquota estimada em 28%, a maior do mundo, somada ao já elevado percentual de 34% de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), levanta dúvidas sobre a capacidade das empresas brasileiras de competir internacionalmente.
A indústria é um dos setores mais afetados pela carga tributária. De acordo com entidades da área, trata-se do segmento que mais paga impostos no Brasil e que precisa constantemente investir em capacitação, tecnologia e práticas sustentáveis para se manter competitivo. Um novo aumento de custos, segundo os empresários, poderia comprometer não apenas o desempenho da indústria, mas de toda a cadeia produtiva interligada.
Para representantes do setor, o aumento de impostos sobre empresas pode ter efeito contrário ao desejado: prejudicar a geração de empregos, desestimular a inovação e comprometer o crescimento do país. Eles defendem que a busca por justiça fiscal seja feita por meio de reformas estruturais, como a revisão de regimes especiais e o combate a privilégios tributários.
Além das críticas à proposta de aumento da carga tributária, há também insatisfação com o crescimento das despesas do Estado. Um exemplo citado é a recente ampliação do número de deputados federais, vista como contrária ao momento de aperto fiscal.
A avaliação geral entre os setores produtivos é de que insistir em soluções simplistas, como o aumento de impostos, representa um erro já conhecido: penalizar quem produz, em vez de atacar as raízes do desequilíbrio fiscal. Para eles, o Brasil precisa de responsabilidade, planejamento e visão de futuro para avançar rumo a uma economia mais justa, próspera e competitiva.
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