Alerta do INMET reforça riscos do clima seco na região de Indaiatuba

Em caso de agravamento de sintomas, deve-se procurar atendimento médico
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Gabriele Domingues

Na última quarta-feira (27), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) publicou alerta de baixa umidade na Região Macro Metropolitana de São Paulo e Campinas. 

Em Indaiatuba, apesar de pontos isolados de chuva registrados, a umidade segue abaixo da recomendada e isso tem causado desconforto aos moradores, exigindo mais atenção à saúde. Segundo a Dra. Aline R. Iacovone, otorrinolaringologista do Vera Cruz Centro Médico Indaiatuba, os grupos mais vulneráveis são crianças, idosos e adultos com doenças respiratórias crônicas, como rinite e asma.

“O ar seco pode desencadear ou agravar doenças respiratórias, devido ao ressecamento da mucosa do nariz, garganta e pulmões, o que reduz a eficácia das células de defesa e favorece infecções. Entre os sintomas comuns estão: a sensação de ressecamento nos olhos, nariz e garganta estando as vezes associada a ardência, irritação e sangramento nasal”, destaca.

Em casos de sangramento nasal frequente ou intenso, irritação ocular significativa ou dificuldade respiratória, especialmente em pessoas com doenças respiratórias persistentes, a especialista indica que se procure atendimento médico.

Doenças que mais se agravam no tempo seco:

Rinite: maior irritação na mucosa nasal, causando aumento de espirros, coriza, coceira e obstrução nasal

Sinusite: maior predisposição a infecções devido ao ressecamento da mucosa que reduz a eficácia das células de defesa e inflamação. 

Asma e doenças pulmonares crônicas: maior irritação, desencadeando crises que se apresentam com tosse e falta de ar

A pele também pode ser afetada, o ressecamento leva a rachaduras espontâneas e coceiras que são a porta de entrada para bactérias e outros agentes, aumentando o risco de infecções. Doenças crônicas de pele também tendem a piorar durante períodos de baixa umidade.

O uso contínuo de umidificadores exige o cuidado de não os deixar ligados por um logo período, pois a retenção da umidade em móveis, objetos e paredes favorece a proliferação de fungos que agravam quadros respiratórios.

Cuidados recomendados:

Aumentar a ingestão de água

Realizar lavagem nasal com soro fisiológico

Usar sprays nasais em gel

Fazer inalações com soro fisiológico

Hidratar a pele regularmente

Umidificar o ambiente com toalhas molhadas, bacias com água ou umidificadores (ligados por até 2 horas antes de dormir)