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Alergia alimentar: tratamento com dessensibilização amplia possibilidades e melhora a qualidade de vida

Na Semana de Conscientização da Alergia Alimentar, reforçam a importância do diagnóstico e da prevenção

 Publicado em  12/05/2025 às 14h32  Brasil  Saúde


A alergia alimentar afeta cerca de 8% das crianças até dois anos e 2% dos adultos

A alergia alimentar afeta cerca de 8% das crianças até dois anos e 2% dos adultos
Foto: New Africa | Shutterstock

Urticária e dor abdominal em casos leves; anafilaxia, com risco de parada respiratória e até óbito em casos graves: essas são algumas possíveis reações de quem possui alergia alimentar, resposta do sistema imunológico a proteínas específicas. A condição, que afeta cerca de 8% das crianças até dois anos e 2% dos adultos, ganha destaque entre os dias 13 e 19 de maio, a Semana de Conscientização da Alergia Alimentar. Um reforço sobre a importância do diagnóstico precoce e correto, do acompanhamento profissional e das medidas de prevenção.

Os alimentos mais comuns incluem leite e ovo (especialmente entre crianças), além de trigo, amendoim, castanhas, nozes, camarão, mariscos e peixes. “É uma reação muito rápida, e o principal perigo está em subestimar os sintomas. A pessoa pode parecer bem e, em poucos minutos, desmaiar ou ter uma crise grave de asma”, alerta o alergologista Celso Henrique de Oliveira, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP).

Segundo o especialista, mesmo traços mínimos desses ingredientes — presentes em receitas ou em utensílios contaminados — podem desencadear reações severas. “O contato mínimo com o alérgeno pode provocar uma resposta intensa. Por isso, é essencial evitar a contaminação cruzada, tanto em casa quanto em locais como restaurantes e escolas”, explica.

A boa notícia, de acordo com o médico, é que em alguns casos é possível recorrer à dessensibilização oral — um tratamento realizado sob supervisão médica, com a introdução gradual e controlada do alimento causador da alergia, a fim de reeducar o organismo. “Embora eficaz para alergias como as de leite e ovo, o método ainda não é indicado para todos os casos, como os de alergia a amendoim e frutos do mar”, pondera.

A nutricionista Lígia Vieira Carlos, também do Vera Cruz, reforça a importância de diferenciar alergia de intolerância alimentar. “A intolerância é causada por uma deficiência enzimática, como no caso da lactose, e não envolve o sistema imunológico. Já a alergia provoca uma reação imunológica, que pode ser confirmada por exames específicos”, explica.

Segundo a nutricionista, a conscientização da família e o planejamento alimentar são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. O tratamento mais eficaz continua sendo a exclusão total do alimento alergênico, e medidas como ler rótulos com atenção, higienizar utensílios e separar os alimentos são fundamentais para prevenir acidentes.

A legislação brasileira também é uma aliada: ela exige a rotulagem clara de alérgenos em alimentos industrializados, o que contribui para a segurança dos consumidores. “Conviver com alergia alimentar exige uma mudança de mentalidade e de hábitos. Mas, com informação, apoio da equipe de saúde e conscientização das famílias, é possível levar uma vida saudável e segura”, conclui o alergologista.

 

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  • A alergia alimentar afeta cerca de 8% das crianças até dois anos e 2% dos adultos

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    Foto: New Africa | Shutterstock

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