Publicado em 07/03/2025 às 14h24 Brasil Cultura e lazer
Foto: Divulgação
Por Fábio Alexandre
Enfim, aconteceu. Ainda Estou Aqui garantiu o primeiro Oscar ao Brasil, após conquistar a estatueta de Melhor Filme Internacional na cerimônia realizada no último domingo, 2 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles, na Califórnia. O filme dirigido por Walter Salles também concorria aos prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz para Fernanda Torres.
O filme brasileiro superou Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha), A Garota da Agulha (Dinamarca) e Flow (Letônia). Anora levou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz para Mikey Madison. O filme de Sean Baker faturou cinco estatuetas no total, com Melhor Direção, Roteiro Original e Montagem.
Walter Salles dedicou a conquista para Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva desaparecido na ditadura, cuja busca em saber o destino do marido norteou o roteiro do filme. Em seu discurso de agradecimento, o cineasta brasileiro também ressaltou os trabalhos de Fernanda Torres, e sua mãe, Fernanda Montenegro.
Entre os principais prêmios da noite, Adrien Brody levou o Oscar de Melhor Ator por O Brutalista, Zoe Saldaña foi a Melhor Atriz Coadjuvante por Emilia Pérez, que também levou Melhor Canção Original por El Mal.
No Other Land foi o Melhor Documentário e Flow levou o Oscar de Melhor Animação. A Melhor Trilha Sonora Original ficou com Daniel Blumberg por O Brutalista e Peter Straughan levou o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado. Kieran Culkin, por A Verdadeira Dor, foi eleito Melhor Ator Coadjuvante.
Avanço
Interessante mesmo foi observar os foliões por todo Brasil fazendo uma pausa em meio ao Carnaval para acompanhar o Oscar. Ignorado por muitos nos últimos anos, a premiação era de interesse de quem acompanha e é apaixonado por cinema. Em 2025, foi diferente.
Com o Brasil na disputa e com um filme que mexeu com o espectador, das mais diversas faixas etárias, o sentimento era outro. Era de pertencimento, de orgulho e ansiedade pela conquista do primeiro Oscar. Oras, a Argentina já tem duas estatuetas e o Chile, uma. Era a nossa vez.
Que a conquista de Ainda Estou Aqui sirva para comprovar o que já sabemos: a excelência do cinema nacional. Que os incentivos perdurem, que nossos cineastas consigam apoio e que o Brasil siga em destaque.
O Último Azul, do diretor Gabriel Mascaro, com Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, acaba de ganhar o Leão de Prata no Festival de Berlim. E vem muito mais por aí nos próximos meses.
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