Acidente aéreo coloca o astro Denzel Washington em xeque

Denzel encarna o piloto Whip Whitaker, que passa de herói a vilão em pouco tempo, em meio a polêmicas

DA REDAÇÃO

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Depois de dirigir clássicos como Uma Cilada pra Roger Rabbit, a trilogia De Volta para o Futuro e Forrest Gump, o diretor Robert Zemeckis resolveu apostar em filmes de animação que utilizaram a técnica de captura de movimentos, que empregou em longas como O Expresso Polar e Beowulf. No entanto, apesar de tecnicamente elogiados, os filmes não tiveram boas bilheterias e acabaram naufragando os sonhos do diretor.

Doze anos após o seu último filme live action, o vencedor do Oscar de Melhor Diretor está de volta e conta com a experiência e o talento de Denzel Washington em O Voo (The Flight, 2012), que estreia neste final de semana no Topázio Cinemas (Confira a programação completa na página 17). O retorno não apenas foi elogiado pela crítica, como conquistou uma boa bilheteria e ainda uma indicação ao Oscar 2013 de Melhor Ator para seu protagonista.

Em uma manhã de outono, o SouthJet 227 parte de Orlando, na Flórida, para o que deveria ser uma viagem de rotina. O Comandante Whip Whitaker (Washington) está no controle do jato de passageiros Jackson-Ridgefield 88 junto com seu jovem copiloto Ken Evans (Brian Geraghty). O voo logo encontra uma turbulência mais forte, enquanto eles entram em uma pesada tempestade. Whip manobra o avião para uma área mais tranquila, mesmo que de forma pouco convencional e um pouco assustadora, para o alívio dos 96 passageiros e tripulação.

No entanto, os pilotos se deparam com uma série de falhas mecânicas inexplicáveis, fazendo com que o avião sacuda e mergulhe. À medida que essas falhas começam a se multiplicar, fazendo com que o avião comece a cair em parafuso e aparentemente fora de controle, Whip decide que seu único recurso para manter uma altitude nivelada é manobrar o avião de 50 toneladas em um voo invertido, que permite que ele plane sem os motores até que endireite o avião e possa pousá-lo.

Passado alguns minutos, vendo ser impossível alcançar algum aeroporto, Whip encontra um trecho de terra próximo a uma igreja. A 225 quilômetros por hora, ele ‘endireita’ a aeronave, e a traz para baixo. O impacto é devastador, mas Whip, em um movimento engenhoso, consegue pousar com segurança suficiente para salvar quase todos, com exceção de seis das 122 pessoas a bordo.

MILAGRE

Pelo seu pouso milagroso, a mídia aclama Whip como um herói. Mas existem questões sem resposta. A causa do acidente não está inteiramente clara para seus superiores e para o órgão fiscalizador. Embora Whip esteja certo de que, se ele não estivesse na cabine, o avião teria entrado em um mergulho e todos os seus passageiros teriam morrido, uma investigação é aberta.

Proibido de voar, Whip se convence de ter salvado os passageiros a bordo e que seus problemas pessoais não interferiram na queda do avião. Antigos e novos aliados reúnem-se à sua volta. Charlie Anderson (Bruce Greenwood), seu amigo e representante do Sindicato, pega o seu caso, assim como o astuto e sincero advogado Hugh Lang (Don Cheadle). O divertido amigo de Whip, Harling Mays (John Goodman), também se aproxima para ajudar, mesmo que nem sempre moralmente correto.

Em meio a um processo turbulento, Whip conhece Nicole (Kelly Reilly), uma fotógrafa que também luta contra o vício, e que pode ser justamente o que o piloto precisa para vencer esta batalha. Washington conta que teve trabalho para explicar aos pilotos que o filme não é uma acusação contra eles. “Eu quis que eles soubessem que o filme não queria criticar as companhias aéreas ou os pilotos. O filme não é tanto sobre voar quanto é sobre o vício, pelo menos no que se refere ao meu personagem. Ele poderia trabalhar no correio, mas pilotar um avião é uma situação muito mais dramática”, explica.

O ator prossegue. “O Voo é realmente sobre um homem que tem problemas e poderia ser um cineasta, um piloto ou um encanador. O vício e a negação são os mesmos, assim como a recuperação. Mas ser um piloto é um emprego difícil e sob muita pressão”, destaca. “É muito desgastante fisicamente, você fica sozinho em hotéis com estranhos e sua tripulação se torna sua família. Mas poderia ser qualquer um que passa uma noite solitária em um hotel, lutando com seus demônios.”

Tratando de temas universais como alcoolismo e a necessidade de repercussão por uma mídia cada vez mais ávida por notícias bombásticas, O Voo traz mais uma atuação destacada de Denzel Washington e o retorno de um diretor que acumula clássicos em seu currículo.

OUTRAS ESTREIAS DO TOPÁZIO

TAINÁ: A ORIGEM

A floresta é invadida por vilões e a jovem índia Maya (Mayara Bentes) deixa órfã a bebê Tainá. A criança é salva pelo velho e solitário pajé Tigê (Gracindo Jr), que só a devolve para seu povo cinco anos depois, quando será escolhido o novo defensor da natureza. Por ser menina, Tainá (Wiranú Tembé) é impedida de se apresentar, mas conta com ajuda de amigos para encarar os malfeitores e desvendar o mistério de sua própria origem.

AS AVENTURAS DE TADEO em 3D

Tadeo é um trabalhador simples, mas de espírito aventureiro e sonhador. Certo dia, ele é confundido com um renomado arqueólogo e enviado para uma expedição no Peru. Lá, enfrentará uma organização criminosa que deseja saquear uma mítica cidade inca que acaba de ser descoberta. Para impedir que isto aconteça, Tadeo conta com a ajuda de seu cachorro Jeff, a professora de arqueologia Sara e o guia Freddy.

MONSTROS S.A. em 3D

A Monstros S.A. constrói portais que levam os monstros diretamente para os quartos das crianças, onde poderão lhes dar sustos e gerar a energia necessária para a sobrevivência da fábrica. O temido Sully e seu assistente Mike eram recordistas em sustos, até o dia em que deixam uma menininha humana atravessar o portal, causando muita confusão. Clássico da Disney-Pixar de 2001 retorna aos cinemas, agora em cópias 3D.