Publicado em 04/01/2025 às 17h01 Brasil Esportes
As webrádios, como a do ex-jogador Neto, se tornaram uma nova opção na hora de consumir esportes
Foto: Marcelo Chiconato/Mais Expressão
Por Marcelo Chiconato
Com a chegada da internet, os meios de comunicação cada vez mais se reinventam, ganhando um novo formato ou sendo preteridos pelas inovações. A mudança nas rádios, principalmente nas transmissões de eventos esportivos, recebe um grande destaque do público.
As chamadas webrádios consistem na incorporação do vídeo nas transmissões, realizadas através de plataformas on-line, como YouTube, Facebook ou Twitch. Grandes nomes da televisão esportiva já migraram para o novo formato, como por exemplo o ex-jogador Neto, que organiza transmissões esportivas com a sua Rádio Craque Neto. Clubes de futebol também aderiram ao movimento, como o São Paulo, que transmite todos os seus jogos em sua plataforma de streaming, a SPFC Play.
Para Ruy Balla, radialista com passagens por emissoras como Transamérica e Rádio Cidade de Lisboa, explica que essas novas rádios online abrem um leque de alternativas para o consumidor final. “Você tem mais opções, pode escolher uma transmissão mais parcial, se quiser, com mais cara de torcedor, como muitas fazem. Isso eu acho muito bacana, porque aí o torcedor fanático pode assistir a webrádio do clube do coração dele”, destaca.
Ruy participou de coberturas de grandes eventos, como os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996. Atualmente, ele oferece consultoria para emissoras de rádio que querem se reformular. O radialista observa que as webrádios causaram também uma movimentação entre os veículos convencionais, que passaram a perceber a importância de também ingressarem no “mundo cheio de telas”.
Ele também observa uma democratização no mercado de trabalho. Agora, as pessoas que querem trabalhar em transmissões esportivas têm a possibilidade de se aperfeiçoarem. “Ajuda porque é um treino, né? Antigamente, como é que o cara treinava? Não tinha jeito. Ele tinha que entrar no rádio e ir aos trancos e barrancos, ir treinando no ar. O dono, os gerentes ou os diretores de rádio viam o potencial na pessoa e iam colocando”, complementa.
Luís Felipe Gallo, estudante de jornalismo, atribui o seu trabalho na Rádio Resenha do Interior como um momento importante no seu desenvolvimento pessoal. O jovem, que nunca havia trabalhado com transmissões esportivas, viu na webrádio uma forma de ingressar nesse mercado, desenvolvendo não só seu conhecimento futebolístico como também sua oratória e comentários.
Foi através do veículo que Luís concretizou alguns sonhos: cobriu uma partida de futebol profissional in loco, tendo também a experiência de entrevistar um jogador da elite nacional. “A minha primeira cobertura no estádio foi a realização de um sonho. Fui perguntando para o pessoal do estádio como funcionava e onde eu tinha que ir. Quando eu cheguei na cabine, senti uma emoção muito grande, de conseguir realizar um sonho, e sentir toda a energia de cobrir um jogo diretamente do estádio”, conta.
Maurício, 54, é dentista e consumidor de transmissões esportivas no rádio desde a infância, e recentemente tem optado pelas webrádios. Por não ter um serviço de TV a cabo, as coberturas online são um atrativo para ele. Mesmo sendo são-paulino fanático, opta sempre por uma equipe de transmissão mais imparcial “na rádio, as vezes tem comentarista com comentários nada a ver. O da televisão, se o cara fizer um comentário assim, você nem está prestando atenção, porque você está vendo a imagem”, acrescentou.
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