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A representatividade que precisa sair do papel

Conhecer e honrar a história dos povos afro-indígenas, reverenciar nossa ancestralidade e nos reconhecer diversos é uma obrigação enquanto cidadãos

 Publicado em  13/10/2022 às 11h51  Indaiatuba  Opinião


*Clecia Aragão

Já avançamos um pouco quando falamos em leis antirracismo e pró equidade. Porém, muito ainda é preciso ser feito para que a verdadeira representatividade saia do papel e chegue realmente ao ambiente escolar. As soluções passam pela formação continuada e pela ampliação da representação e da representatividade de uma forma ampla.

O que falta para a equidade racial no Brasil efetivamente acontecer? Graças à lei de cotas e à obrigatoriedade, hoje, do ensino da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas, aparentemente evoluímos um pouco no assunto. Mas há muito ainda por desbravar para que cheguemos um pouco mais perto de um panorama efetivamente condizente com a realidade brasileira.

Conhecer e honrar a história dos povos afro-indígenas, reverenciar nossa ancestralidade e nos reconhecer diversos é uma obrigação enquanto cidadãos.

Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. Não dá mais para ficarmos em cima do muro. É preciso escolher um lado e agir. E parte de agir está na escolha do que consumimos e do que apresentamos às nossas crianças.

No sentido de incentivar a equidade, produtos que tragam a representação e a representatividade da diversidade racial no Brasil são fundamentais. É preciso ter acesso a imagens, histórias e interações sociais que sejam diversas. Não adianta ficar no discurso. Não adianta comprar um livro com crianças negras, por exemplo, e oferecer para o filho como se aquilo fosse algo diferente. O olhar antirracista parte da forma de abraçar a diversidade, também, e nesse sentido, é preciso tornar natural.

Construir um caminho que leve a um futuro mais justo e com mais diversidade deve ser o papel das companhias, especialmente aquelas que têm na infância e na educação seu principal escopo.

A Pingue Pongue tem o compromisso de proporcionar, por meio de jogos educativos, experiências lúdicas e transformadoras, com o foco principal na inclusão social, étnica, cultural, e no respeito às diversidades.

A Pingue Pongue veio para ampliar a consciência sobre o tema e abrir o universo, seja ele qual for, não apenas para a pessoa com deficiência, mas para todo mundo. Na verdade, a palavra de ordem é equidade.

Entre os produtos da Pingue Pongue estão projetos e jogos educativos que promovem a diversidade e a inclusão, títulos em braille, como é o caso do projeto Tchau Mixirica, que, além da questão da acessibilidade, também traz um olhar lúdico e cuidadoso sobre o luto, incluindo esse tema e a valorização da vida de forma amorosa no universo infantil.

*Clecia Aragão O. é CEO da Pingue Pongue Educação e Tatiana Santos é pedagoga e Consultora Antirracista

 

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