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A pandemia e o impacto na saúde mental

Como as mudanças na rotina e o excesso de informações podem afetar a nossa mente

 Publicado em  27/03/2020 às 09h36  Brasil  Coronavírus


Denise Katahira

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Em meio a pandemia mundial do novo coronavírus e dos relatos de populações que já vivem há semanas o isolamento social para evitar aglomerações e conter o avanço da Covid-19, surge outra preocupação com a população: como cuidar da saúde mental em um momento como este?

As mudanças na rotina e o excesso de informações podem afetar a saúde mental, por isso nesse momento é importante que se filtre a quantidade e a qualidade das informações que recebe. Por isso a dica é, compartilhe histórias positivas!

De acordo com a psicóloga, Kátia Aparecida Precoma apesar da gravidade do momento em que todos estão vivendo, é importante que seja esquecido durante o isolamento social. “Tivemos nossa vida social, familiar, rotina de trabalho, rotina escolar de filhos e principalmente o contato físico prejudicado.

Essa perda de controle nos deixa desprotegido, inseguro e com a sensação de impotência frente a tantas informações. Vemos se acentuar quadros de ansiedade generalizada, fobias, TOC causados por esse período de quarentena, onde todos estão vivenciando um alto nível de estresse”, explica. “Por isso é importante sempre quando falar com os familiares e amigos que sejam coisas boas, notícias boas, imagens boas, e evitar grupos e ou redes sociais onde prevalecem notícias ruins”, enfatiza.

Ainda segundo a psicóloga o principal quadro instalado é a ansiedade, e os idosos acabam sendo os mais atingidos. “Eles querem manter a rotina de comprar pão na padaria, de aferir a pressão na farmácia, de fazer sua caminhada e tudo isso foi tirado deles. Além disso, foi também tirado dos idosos os beijos, abraços e o convívio com os netos, e isso deprime o humor deles”, explica. “Por isso nesse momento é importante ter diálogo e paciência com os nossos pais e avós e faze-los entender a importância de se manter em casa e os perigos que o coronavírus pode causar na saúde deles. O apoio familiar é importante nesse momento. Estar sempre presente, mesmo que a distância, e se não mora na mesma casa, sempre ligar para saber se está tudo bem e sempre compartilhando informações positivas”, orienta Kátia.

A Associação Brasileira de Psiquiatria orienta:

• Cuidado com as informações que recebe e compartilha

É normal estar preocupado, mas não compartilhe notícias alarmistas. Informe-se somente por veículos de credibilidade e não acredite em tudo que receber em redes sociais e aplicativos de mensagens.

• Mantenha atividades prazerosas

Encontre ocupações saudáveis fora dos ambientes de risco e longe de aglomerações. Leia um livro, assista a filmes e séries, brinque com as crianças e animais, mas tudo dentro de casa e jamais em grupos.

• Cuide de você

Faça exercícios em casa, alimente-se de forma saudável e cuide de sua higiene pessoal com afinco. Meditação, relaxamento e alongamento também ajudam.

• Tente manter a normalidade

Mantenha os horários de sono e refeições, converse com as pessoas do convívio e, se possível, trabalhe de casa. O isolamento é somente físico, você pode continuar a compartilhar a vida com amigos e familiares de forma online.

• Não se exponha demais às notícias

É normal estar preocupado com a situação no Brasil e no mundo e se manter atualizado, mas se expor demais pode prejudicar sua saúde mental e ser gatilho para transtorno de ansiedade e síndrome de pânico, por exemplo. Escolha um horário do dia e atualize-se com as principais informações e orientações das autoridades.

• Sinais de que a saúde mental está prejudicada

Se você perceber que está extremamente sobrecarregado, ansioso, depressivo ou pensando em se machucar ou em suicídio, procure seu médico, psicólogo ou familiar.

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