A história de superação da atleta Júlia Caroline através do Muay Thai

Foto: Lucas Cardoso/ Mais Expressão

A edição mais recente do Futuro em Pauta, apresentado por Flávia Girardi e Gabriele Domingues trouxe uma história que inspira, emociona e reforça o poder transformador do esporte. Nossa convidada foi a pequena grande guerreira Júlia Caroline, de apenas 10 anos, atleta de Muay Thai que contrariou as expectativas médicas desde muito cedo.

Quando bebê, aos três meses de vida, Júlia sofreu um engasgo com leite que a deixou sem respirar por instantes. O episódio resultou em sequelas severas: paralisia cerebral, dificuldades de mobilidade e de fala, além da incerteza sobre seu futuro. “Os médicos não sabiam dizer se ela iria evoluir, melhorar ou piorar”, relembrou o pai, Luiz Fernando, durante a entrevista.

A família buscou tratamentos, terapias e novas possibilidades. Foi então que surgiu o Muay Thai. No primeiro dia de treino, Júlia não conseguiu executar nenhum movimento. Mas, ainda assim, saiu do tatame decidida: “eu quero voltar”.

Com o tempo, veio a evolução, aquela que ninguém conseguia prever. A disciplina do esporte fortaleceu o corpo e também o sistema neurológico afetado pela paralisia. “O que era pra ser uma dificuldade virou um benefício. Ela fez do limão uma limonada”, disse o pai, emocionado.

O professor Mauro Cromado, que também compartilhou sua história pessoal no programa, destacou como as artes marciais podem transformar vidas. “Se não fosse a luta, talvez eu tivesse seguido um caminho bem sombrio. A luta mudou minha autoestima, mudou tudo”, relatou.

Durante a conversa, Mauro e Luiz reforçaram que o esporte vai muito além das técnicas: desenvolve caráter, tira jovens das ruas, afasta das drogas e ensina foco, respeito e autocontrole. “Não é só o Muay Thai. Qualquer esporte já te deixa longe do que não presta. E leva pra vida”, disse Luiz.

Quando perguntada sobre as sensações ao entrar no ringue, Júlia abriu um sorriso tímido: “Eu fico um pouco nervosa. Mas depois… não dá para ouvir nada. Só grito e mais nada.” Mesmo assim, garante que consegue aplicar tudo o que aprende nos treinos e seu foco durante a luta impressiona.

A história de Júlia, contada com carinho e orgulho pelo pai, pelo professor e por ela mesma, é um lembrete de que a força verdadeira nasce da persistência. E que, com apoio, amor e disciplina, barreiras deixam de ser muros e viram degraus.

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