Publicado em 15/03/2013 às 10h49 Indaiatuba Cultura e lazer
Até onde um pai iria por seu filho? Em A Busca, que estreia no Topázio Cinemas, Wagner Moura comprova que não existem limites. Estreia de Luciano Moura na direção de longa-metragem, o filme participou da mostra competitiva da Première Brasil do Festival do Rio e venceu o prêmio de melhor filme pelo voto popular. Marcou presença ainda na seleção oficial do Festival Sundance 2012.
No filme, Theo (Moura) é casado com a também médica Branca (Mariana Lima), é pai do adolescente Pedro (Brás Moreau Antunes), e filho de um pai ausente, Sal (Lima Duarte). Sua mulher pede a separação, seu filho rejeita sua orientação e a casa que construiu para a família vai ser posta à venda.
Aos poucos, Theo constata que seu mundo está desabando. Mas nada se compara ao que está por vir: no fim de semana em que completa 15 anos, Pedro some de casa. Theo pega a estrada em busca do filho. A viagem Brasil adentro vira um caminho de autoconhecimento, um percurso para transformações e descobertas.
“Eu me interesso muito por histórias de pais e filhos e, quando li o roteiro desse filme, fiquei comovidíssimo”, ressalta Wagner Moura. “É um tipo de história que não vejo muito sendo feita no Brasil: ao mesmo tempo um filme de estrada, um thriller psicológico e também um filme intimista, sobre uma relação de família”, completa.
O ator ressalta ainda que ser pai de três filhos foi determinante. “Eu me lembro de quando eu fiz o filme O Caminho das Nuvens, tinha uns 27 anos e fazia um personagem com cinco filhos. Eu não tinha filhos ainda e gosto muito do jeito que eu fiz aquele personagem, mas se fosse fazê-lo de novo hoje, certamente faria de outra forma”, conta. “Porque você não passa pela paternidade incólume. As coisas te comovem muito depois que você tem filho. Tudo muda. É lugar comum falar isso, mas é verdade. A perspectiva de ter um filho desaparecido, para quem é pai, é completamente diferente. Por mais que um sujeito que não seja pai se comova com aquilo, pensar que seu próprio filho pode sumir é desesperador”.
Luciano Moura assina o roteiro ao lado de Elena Soarez. “A Busca é um thriller emocional. Conta a história de um homem que, ao ir atrás de seu filho, reencontra seu pai e a si mesmo”, afirma o cineasta, premiado diretor de publicidade e de episódios das séries Antônia e Filhos do Carnaval.
Com fotografia de Adrian Teijido e direção de arte de Marcelo Escañuela, o filme foi rodado em São Paulo durante seis semanas e teve orçamento de R$ 6,1 milhões. Mais um produto de qualidade do novo Cinema Brasileiro, A Busca comprova que, bem estruturados, nossos cineastas podem produzir grandes filmes em qualquer gênero.
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