“A arte é um caminho para formar seres humanos melhores”

Flávia Girardi e Renato Rozendanz
Foto: Lucas Cardoso/ Mais Expressão

Ator com experiência no teatro, cinema e televisão desde os 18 anos, formado em Cinema e atualmente atuando na Secretaria de Cultura de Salto-SP, Renato Rozendanz foi o convidado do episódio mais recente do podcast Futuro em Pauta, onde compartilhou sua trajetória pessoal e profissional, reflexões sobre a importância da arte na vida cotidiana e seus planos para o futuro.

Com uma carreira construída nas artes cênicas e formação acadêmica em Cinema, Rozendanz destacou como a arte pode ser um recurso essencial para quem escolhe a profissão artística e também para qualquer pessoa em busca de autoconhecimento, expressão e qualidade de vida.

“Eu incentivaria todo mundo a fazer pelo menos alguma coisa ligada à arte, nem que seja como terapia, como válvula de escape, como hobby ou como profissão. Eu acho que as pessoas precisam ter algum contato com a arte”, afirmou.

Arte para a vida

Durante a entrevista, o ator relembrou ensinamentos marcantes de sua jornada, como a despedida de um professor de matemática no colégio, que o incentivou a não perder sua essência de levar alegria para os outros. “Ele disse: ‘Esse seu negócio de fazer os outros rirem, de levar alegria, é raro de ver. Não muda isso. Leva para onde quer que você for’”, contou Rozendanz.

Essa visão se refletiu em sua atuação como professor de teatro. Para ele, mais do que formar atores, o grande propósito está em contribuir para o desenvolvimento humano. “Quando estou dando aula, eu não estou formando atores e atrizes, mas com certeza estou formando seres humanos melhores, independente da área em que eles vão trabalhar.”

Outro ponto da conversa foi a diferença entre comédia e drama na atuação. Renato revelou admiração pelos profissionais da comédia, mas explicou sua preferência pela área dramática. “Fazer alguém rir é mais difícil do que fazer alguém chorar. Por isso admiro tanto quem trabalha com comédia. Mas eu gosto mais de me aprofundar no drama, mergulhar no estudo do personagem e conhecer suas referências.”

Da engenharia ao cinema

A trajetória de Renato não começou nas artes. Antes de se dedicar ao cinema, ele chegou a cursar engenharia e trabalhou na Toyota, inspirado pela carreira do pai no setor automotivo. “Fiz um ano de engenharia, tranquei e decidi tentar cinema por um ano. Pensei: se gostar, continuo; se não, volto para engenharia. E eu nunca mais voltei para engenharia”, contou.

Atualmente, além de sua atuação artística, Renato exerce função de chefe de gabinete na Secretaria de Cultura de Salto-SP, o que lhe permite contribuir diretamente para a promoção cultural na cidade. Ainda assim, não esconde seus sonhos para os próximos anos. “Tenho muita vontade de participar de uma grande produção, seja um filme ou uma novela. O teatro é a base, é a essência do ator, mas eu ainda quero ter essa vivência dentro de uma grande produção, na Rede Globo, na Netflix... Por que não sonhar?”

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