34% dos bares e restaurantes tiveram lucro apesar da pandemia

Rayane Lins*
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Pela primeira vez desde o começo da pandemia, apesar de que três em cada quatro estabelecimentos registraram casos de Covid-19 no mesmo período, 34% dos estabelecimentos do setor de bares e restaurantes de Indaiatuba e das demais cidades da Região Metropolitana de Campinas apresentaram ter obtido lucro no mês de janeiro deste ano.

A informação é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, regional de Campinas, que realizou pesquisa em janeiro com mais de 1,3 mil empresários do setor.

Para o presidente da Abrasel regional Campinas, Matheus Mason, o número é bastante positivo, pois em março de 2021, o pior momento depois do primeiro ano de pandemia, a entidade apurou que 82% dos empresários do setor estavam operando com prejuízo devido à crise.

Entre os empresários ouvidos pela entidade que disseram ter realizado prejuízo em janeiro, estão 31% e outros 34% afirmaram ter ficado em equilíbrio.

O resultado de dezembro de 2021 também foi melhor que o do mesmo período de 2020: dois terços dos empresários (66%) tiveram faturamento maior no fim de 2021 em comparação com o ano anterior. No acumulado do ano, no entanto, há uma nota de preocupação: 45% dos empresários disseram ter ficado no prejuízo em 2021.

*Rayane Lins integra o Programa de Estágio do Grupo Mais Expressão.

Um em cada quatro se afastou por Covid

Em todo o Brasil, a pesquisa apontou que 76%, dos estabelecimentos contabilizaram pelo menos um afastamento de funcionário contaminado por um dos dois vírus: Influenza e Covid-19, nos 30 dias anteriores ao levantamento (entre 15 e 27 de janeiro). Em média, quase um em cada quatro funcionários (24% da força de trabalho) foi afastado por Covid nesse período.

Os casos de influenza e Covid trouxeram dor de cabeça e prejuízo aos empresários de alimentação fora do lar em um momento de alta no faturamento.

“Justamente em um período de alta procura de bares e restaurantes fomos pegos por estes afastamentos, que trouxeram muito transtorno. É uma força de trabalho que tem de ser coberta e isso pressiona mais os custos de um setor já muito endividado. No entanto, temos também o que comemorar, como a recuperação gradual do faturamento”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel. (RL).