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Atleta do BMX de Indaiatuba vai em busca do ouro olímpico em Tóquio

Priscilla Stevaux viajou nesta quarta-feira (21) para o Japão, onde fará sua estreia na próxima quinta-feira (29)

 Publicado em  22/07/2021 às 11h16  atualizado em 22/07/2021 às 11h48 - Indaiatuba  Esportes


Jean Martins
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Indaiatubanos, amantes dos esportes olímpicos, terão um motivo a mais para torcer para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam oficialmente hoje (23), com a cerimônia de abertura, e vão até 8 de agosto. É que a ciclista Priscilla Stevaux, da Associação de Ciclismo BMX de Indaiatuba, viajou quarta-feira (21) para o Japão, onde irá em busca do tão sonhado ouro olímpico no BMX Racing.

Natural de Sorocaba, a atleta de 28 anos está na equipe indaiatubana de BMX há quatro anos e pela segunda vez participa dos Jogos Olímpicos – ela também competiu na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016.  

Priscilla será a única representante feminina do Brasil em Tóquio e dará seus primeiros saltos sobre duas rodas na próxima quinta-feira (29), às 22h37 no horário de Brasília, pelas quartas de final da competição. Se alcançar a classificação, volta a competir pelas semifinais e, consequentemente pelas finais, já no dia seguinte.

No masculino, o único representante brasileiro será o ciclista Renato Resende. Ele fará a sua terceira participação em Jogos Olímpicos, já que esteve em Londres-2012 e Rio-2016.

Renato e Priscilla confirmaram a liderança no ranking olímpico brasileiro nas duas últimas etapas da Copa do Mundo, que aconteceram na Colômbia nos dias 29 e 30 de maio.

Antes de embarcar para Tóquio, em meio a preparação para os Jogos Olímpicos, a atleta do BMX de Indaiatuba conversou com a reportagem do Mais Expressão, e falou sobre a carreira e a expectativa para a disputa da segunda Olímpiadas na carreira. Confira:

Jornal Mais Expressão: Qual é a sua relação com Indaiatuba?
Priscilla:
Estou na equipe de Indaiatuba (ACBI- Associação de Ciclismo BMX de Indaiatuba) há 4 anos. Quando entrei no grupo, meu irmão Douglas Stevaux, que também é meu treinador desde 2012, já treinava os atletas da ACBI e eu já conhecia os integrantes da equipe. Pude perceber a valorização da modalidade na cidade, com grande incentivo e potencial de crescimento. Fui convidada a participar da equipe e para mim foi muito positivo, pois, além de todo apoio, teria o acompanhamento do meu irmão junto aos colegas de equipe.

JME: Qual é o sentimento de participar das Olimpíadas? Quais as chances de conquistar uma medalha?
Priscilla:
É simplesmente incrível poder representar milhares de pessoas, no maior evento de esporte do mundo, fazendo o que amo. Tive a primeira experiência no Rio em 2016, mas acredito que desta vez será ainda mais especial. Esta Olimpíada trará um significado o qual nós atletas temos vivido durante todo este ciclo olímpico: a mensagem de superação. Acredito que o mais difícil é sempre se classificar, pois estar nos Jogos Olímpicos representa 1% da população do mundo que atinge esta conquista. O nível está altíssimo e muito equilibrado. Dentro da competição tudo pode acontecer e vou em busca da medalha para o Brasil!

JME: Quais as chances de medalha para os brasileiros e quem são os principais adversários?
Priscilla:
Todas as equipes estão muito preparadas. Quem se adaptar melhor à pista e ao evento, fisicamente e psicologicamente, terá chances maiores de medalha. O brasileiro tem como diferencial a garra, a persistência e maior facilidade de se ajustar as situações adversas, o que vem sendo o “ponto chave” para o mundo em que vivemos. Nossos maiores concorrentes, no feminino, são: Estados Unidos, Holanda, França e Colômbia. Já no masculino, destaque para os europeus de modo geral e os norte-americanos.  

JME: Quando e como iniciou sua trajetória no BMX?
Priscilla:
Desde pequena sempre fui muito agitada e fazia brincadeiras dinâmicas com meu irmão. Gostávamos de andar de bicicleta com meu pai. No ciclismo BMX comecei em 2001, quando meu pai nos levou para assistirmos uma competição na categoria. Meu irmão se interessou pelo BMX e eu também quis entrar nessa, então segui os passos dele.
Meu irmão e eu entramos na Seleção Brasileira quase no mesmo ano, ele em 2009 e eu no ano seguinte. Em 2012 ele se profissionalizou como treinador e eu segui como atleta.

JME: Quais os principais títulos conquistados na carreira?
Priscilla:
Fui pentacampeã Brasileira (2009, 2014/2015/2016/2018); semifinalista dos Jogos Olímpicos Rio 2016; Campeã Continental (Panamericano) em 2018; terceira colocada na Copa da França (2019); segunda colocada na Copa Internacional de Praga, na República Tcheca; Finalista da Copa do Mundo Round #3 em Bogotá, na Colômbia; e sexta melhor no Mundial da Dinamarca, em 2011.

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