É praticamente inimaginável as nossas vidas sem as inovações tecnológicas e principalmente as facilidades que elas trouxeram. No entanto, por mais que sejam indispensáveis, essas tecnologias também tem sido utilizadas para a violência contra as mulheres; reflexo dos preconceitos e intolerâncias historicamente construídos em nossa sociedade. Mulheres são vítimas de crimes como cyberbullying, stalking, estupro virtual, estupro no metaverso e a pornografia de vingança.

Você já ouviu falar da pornografia de vingança?  A pornografia de vingança surge da junção entre relações interpessoais íntimas e a capacidade tecnológica de documentar e disseminar imagens privadas. Ocorre, quando, após o término de um relacionamento, um indivíduo compartilha fotos e/ou vídeos íntimos da ex-companheira sem o consentimento da mesma, com a intenção de humilhá-la ou causar-lhe danos.

Sentimentos de raiva, ressentimento ou rejeição podem intensificar o desejo de vingança, após o fim de um relacionamento. E a pornografia de vingança, então, permite que o agressor expresse tais sentimentos de maneira pública e criminosa. Temos casos em que o agressor tem por motivação, o desejo de obter ganhos financeiros; seja com a venda de imagens ou vídeos explícitos.

A pornografia de vingança é um fenômeno complexo, arraigado em desigualdades de poder, sexismo e exploração das capacidades tecnológicas modernas voltadas à provocação de dano pessoal.

Se você já foi vítima ou conhece alguém que tenha sofrido procure ajuda de um profissional.