Há muito tempo os estudos de arquitetura e urbanismo defendem que as construções deveriam se basear na simetria e na proporção do corpo humano, ou seja, o tamanho do ser humano deve ser usado como referência para o design, para as construções e para os planejamentos urbanos. Mas o que a escala humana tem a ver com o ano que chegará? 2025 traz por si novidades aos municípios brasileiros, são gestores públicos assumindo seus cargos e novos projetos para as cidades em que vivemos. Os pedidos são muitos: saneamento básico, habitação, drenagem, mobilidade urbana, segurança pública, entre outras. Estas são questões urgentes e me permito somar a elas um desejo também urgente de que toda e qualquer intervenção pensada para as cidades possam considerar as necessidades humanas, todas e todos os sujeitos que nelas vivem. Pode parecer óbvio, mas não é. Iniciar projetos urbanos considerando as pessoas e não a metragem quadrada, avenidas ou lotes é raro em nosso país. Aqui o desejo de escala humana é para que os projetos considerem o caminhar, o sentar, o encontro, o brincar, o descanso, a sombra, a paisagem, os ruídos, as emissões de gases, um comércio justo, as necessidades básicas como ir a um banheiro de qualidade no meio do caminho, tomar água, encontrar trocadores para bebês e rampas para cadeirantes. Que a vida desemparedada entre os edifícios possa ter mais valor e qualidade e que nos permitam viver mais a cidade olho no olho, na velocidade dos passos e menos no mundo fechado e virtual. Que 2025 seja de Escala Humana.