Sim, existem RISCOS BONS! Eles são até mesmo necessários para o desenvolvimento infantil, mas aqui vale uma distinção entre riscos bons e riscos ruins. Os riscos ruins são aqueles que ameaçam a integridade física das crianças, como por exemplo estruturas com alturas excessivas, bordas afiadas ou superfícies duras. Já os riscos bons oferecidos por elementos do brincar desenhados com tal intencionalidade, que estimulam as crianças a se desafiar, desenvolvendo habilidades essenciais como equilíbrio, coragem e autoconfiança, assim as crianças aprendem a medir consequências e a superar pequenos limites, formando e fortalecendo a criatividade, resiliência, traços que irão se refletir ao longo de toda a vida. Os parquinhos, como chamamos no Brasil, são praticamente iguais de norte a sul, com brinquedos de lata, que esquentam, e desgastados. Acontece que estes parquinhos são bem pouco interessantes às crianças e por isso estamos enfrentando um momento de alto índice de utilização de telas e esvaziamento dos espaços públicos (mas este é um outro e longo assunto). Nos países Nórdicos e na Alemanha há legislação específica para o desenho e construção de espaços públicos de brincar para as crianças e vejam só, os brinquedos precisam prover certo nível de risco. Segundo especialistas, crianças que correm riscos e estão em contato com a natureza aprenderam a melhor gerenciar situações complicadas e, assim, gerenciar questões complexas na vida adulta. Como é o parquinho do seu bairro?