Postado em 23/09/2025 às 10h29
De repente, em setembro, as ruas se cobrem de amarelo. O ipê florido interrompe a pressa, nos faz levantar os olhos e lembrar que a cidade também é natureza. Cada árvore que floresce nos convida a perceber os ciclos da vida, mesmo em meio ao concreto. Mas nosso vínculo com a natureza está cada vez mais frágil. Crianças passam em média menos de meia hora ao ar livre por dia, enquanto permanecem horas diante de telas. Especialistas cunharam o termo “transtorno de déficit de natureza” que expressa os impactos dessa desconexão. O distanciamento da natureza proporciona estresse, obesidade, dificuldades de aprendizagem e depressão. A ciência confirma: somos seres biofílicos, ou seja, somos natureza e temos uma afinidade inata com a vida. Precisamos do cheiro da terra molhada, do som dos pássaros, da sombra das árvores para manter corpo e mente saudáveis. Quando essa relação se rompe, adoecemos como indivíduos e como sociedade. Os ipês, árvores centenárias que fazem parte da cultura brasileira, nos lembram que a vida é feita de pausas e renovações. Como diz Nego Bispo, não se trata de integrar a natureza à cidade, mas de reconhecer que nós somos natureza. O florescer dos ipês, a cada primavera, é mais do que um espetáculo: é um chamado para que nossas cidades devolvam às crianças, e também aos adultos, a possibilidade de viver o verde no cotidiano e reconectar-se com a Terra.
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