Postado em 26/09/2025 às 10h32
Depois do vendaval de 22 de setembro, que nos deixou às escuras por horas, ficou clara uma vulnerabilidade oculta: a fragilidade das redes aéreas de energia e telecomunicações. Árvores e postes tombados, fios cortados — um cenário que expôs não apenas a nossa dependência da eletricidade, mas também o risco duplo que vivemos: o risco de falha e o risco de acidente.
Nos grandes centros urbanos ao redor do mundo, há décadas se debate e se busca implantar a alternativa de enterrar a fiação elétrica, de dados e voz — colocá-la sob o solo.
No Brasil, essa ideia já não é mera utopia técnica, apesar dos modestos percentuais praticados: estima-se que apenas cerca de 0,4 % da rede elétrica seja subterrânea.
O custo de escavação, obras civis, adaptação do subsolo (que exige mapeamento geológico) e materiais mais robustos pode chegar a ser várias vezes maior do que o modelo convencional aéreo.
Além disso, há desafios técnicos e de segurança a serem mitigados: galerias subterrâneas envolvem espaços confinados, presença de umidade, eventual presença de gases e a necessidade de profissionais preparados para essas condições.
Mesmo assim, vários estudos concluem que, para regiões urbanas com alta densidade populacional e altas taxas de interrupção, a rede subterrânea pode se pagar ao longo do tempo — por meio da redução dos custos de manutenção, da menor frequência de cortes e dos benefícios intangíveis, como segurança e qualidade paisagística.
Se podemos imaginar, então, uma cidade onde os ventos fortes não cortem nosso elo com a luz e com a comunicação, talvez essa seja uma das revoluções silenciosas que deveríamos cobrar e planejar; enterrá-los.
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