As pontes e viadutos, na grande maioria dos casos, são consideradas OAE (Obras de Arte Especiais) e essas maravilhas da Engenharia, muitas vezes passam despercebidas aos nossos olhos, escondidas pela correria cotidiana.

O recente colapso da ponte na divisa entre Tocantins e Maranhão trouxe à tona uma questão crucial: qual é o estado real das estruturas que cruzamos diariamente? Além de passar, muitas vezes, sem serem notadas por nós usuários, têm passado despercebidas, também, pelo Poder Público.

Na nossa região, são dezenas as pontes e viadutos sobre os quais transitamos todos os dias. Essas estruturas, muitas vezes ignoradas, são fundamentais para nossa mobilidade e devem, sobretudo, garantir nossa segurança.

Recentemente, pude participar da reabilitação de uma ponte de 98 metros em MG, elaborando, desde o laudo de apontamento das patologias até a indicação de alguns procedimentos corretivos e posso afirmar: a manutenção preventiva é vital.

E quantas dessas estruturas em nossa região estão com vistorias, de fato em dia? Quantas apresentam patologias não detectadas? E o mais preocupante: quantas podem estar sob algum grau de risco?

A engenharia nos permite construir estruturas impressionantes, mas a longevidade delas depende de cuidados constantes. Fissuras, corrosão, desgaste - sinais sutis que, se ignorados, podem levar a consequências catastróficas.

Como cidadãos, devemos exigir total atenção a esses patrimônios vitais. Como engenheiros, temos o dever de garantir que isso se cumpra.